Bom, vcs devem estar se perguntando, como descobriu que tava grávida???tava tentando ou foi acidente???com quanto tempo de gestação ela está afinal???é menino ou menina????não tá com medo???como o maridão tá reagindo a esse momento do casal???e as transformações do corpo???não tem medo de mudar a rotina a dois???quais são as coisas que se passam na sua cabeça quanto ao futuro??? Pretendo responder essas perguntas e outras ao longo da minha gravidez, mas precisamente até o final da primeira quinzena de janeiro de 2011 (quando nosso presente, finalmente virá ao mundo) até pq boa parte das respostas só descobrirei nos próximos meses!!!
É meu povo, as perguntas são essas e muito mais não é???eu sei disso pq quando via uma grávida de plantão me fazia as mesmas perguntas. Todo mundo sabe que sou apaixonada por criança e sei que a pergunta que não quer calar é: se gosta tanto de criança pq demorou quase seis anos pra ter a sua??? (rsrsrs..vivem me perguntando isso...rsrsrs) A resposta é simples: sei que não é nada, nada fácil, criar um criança no mundo de hoje, sem ter o mínimo de estabilidade (física,emocional e material). Vcs sabem que eu meu querido maridinho, lutamos muito para alcançar nossas realizações básicas antes de trazer um herdeiro ao mundo (quando digo herdeiro, não me refiro a riquezas financeiras, pq não temos nenhuma), mas queríamos ter o mínimo de conforto, carinho e conhecimento mútuo, para formarmos nosso "fruto do amor" dentro de um lar estável e tendo principalmente Deus como o principal guia na educação (que sei que não será nada fácil) do nosso "prometido" (como ainda não sabemos se será mocinho ou mocinha, o chamarei assim).
Bom voltando ao primeiro questionamento, eu descobri que estava grávida (prá valer), digo pra valer pq sempre, sempre tive a síndrome de " - Ai, meu Deus...acho que tô grávida!!!"...e corria pro laboratório pra fazer o Beta (acho que fiz uns 15 ao longo desses quase 6 anos de casada...rsrsrs...mesmo tomando anticoncepcional...(lembra disso Fabiana???) achava que ia engravidar só de olhar pra cuecas do meu marido...rsrsrs...como estávamos fazendo faculdade..não estava nos nossos planos uma gravidez..então se atrasava 2 dias eu corria pro laboratório...rsrsrs...em 2007 fiz até ultrasonografia, pq minha mestruação atrasou 2 meses (era tudo psicológico...cheguei em casa e a bendita chegou junto!). Tirando 3 gravidez psicológicas que tive ao longo da faculdade...eu tive uma gravidez real no ano passado(2009), no mesmo período que esta (mês de maio) com diferença de 3 semanas, mas infelizmente perdi quando estava com 11 semanas e 4 dias. Isso me trouxe muita tristeza, pq pensávamos que seria "nosso momento", mas por coisas dessa vida (prefiro acreditar que foi providência divina), bom vc deva estar achando que sou maluca em dizer que ter um aborto é providência divina...mas deixa eu terminar a história e depois vc tira as conclusões, ok? bom, como eu estava dizendo perdi, meu bebê no dia 1 de agosto (bem na época da gripe suína, que não deixavam agente ir pro hospital a não ser que estivesse morrendo, e mesmo assim tinha que pensar 2 vezes), um dos motivos de perder o bebê, foi a falta de atendimento a tempo (fiquei esperando no hospital umas 3 horas, mesmo tendo plano de saúde), bom tirando o trauma de ver meu bebê saindo do meu ventre a sangre frio (na hora que consegui finalmente alguém pra me examinar, pq estava desmaiando de dor, e não tinha forças nem para gritar) e ver meu bebê no chão ao lado da médica (parece filme de terror mas não é, é a mais pura verdade), eu vi meu feto saindo de dentro de mim e caindo no chão enquanto a médica estava tentando limpar o sangue que pulou no rosto dela. De quebra tive um anestesista que veio meia hora depois que perdi meu bebê e ser extremamente grosseiro comigo (acho que ele tava de TPM, ou pensou que eu havia abortado por gosto),me disse: "- O guriazinha, vim aplicar anestesia pra fazer a curetagem, mas se comeu ou bebeu alguma coisa nas últimas horas, você vai morrer e a culpa não vai ser minha." Eu inocentemente respondi que com a dor que tava sentindo, não tinha como ter comido nada e que só havia bebido 2 dedos de água, com o comprimido que a enfermeira tinha me dado, ele me xingou de tudo que hora nome (de idiota, burra, pra baixo...) dizendo que eu devia ter algum problema, pq eu não podia fazer a anestesia nem com 1 dedo de água no estômago (delicado ele né???) com tantos gritos dele, a médica apareceu e deu um xingo nele, e ele saiu bem quietinho, ela disse que a culpa não era minha e que ele tava cobrindo outro anestesista que tinha faltado e que tava estressado. Ela me acalmou, e tive que esperar mais 6 ou 7 horas pra fazer a curetagem (tinha que esperar os dois dedos de água sair do meu oraganismo pra fazer a anestesia), tirando esses contratempos tenebrosos, dignos de filme de terror, o resto eu sobrevivi. Voltei pra casa com a resposta da obstetra que tinha sido "má formação do feto". Embora triste e depressiva, sabia que Deus não me desampararia e como disse sabiamente meu marido:"- Querida, não se aflija, Deus pode estar te livrando de algo pior." No momento que ouvi essas palavras, confesso que não as assimilei muito bem. O que podia ser pior do que perder um bebê daquela forma,com tanto sofrimento????Eu não compreendi naquele momento, mas um mês depois pude perceber que ele tinha toda a razão. Por causa do acontecido, decidi fazer um bateria de exames, pra ver o que havia acontecido, se tinha algo errado comigo, e realmente havia, fui encaminhada para a mastologista na PUC e no Hospital Adventista de POA, onde pude receber a triste notícia que eu tinha um tumor raro no seio esquerdo de 8 cm e que precisava operar o mais rápido possível,e a médica que me deu o diagnóstico, me perguntou se eu estava grávida, eu disse que não estava mais (e contei pra ela) e ela me disse: "- Se você acredita em Deus, pode contar que, por mais difícil que tenha sido pra vc perder esse bebê no início da gestação, seria muito pior perdê-lo agora, pois por causa da medicação e do tumor que precisa ser tratado, provavelmente ele não sobreviveria, ou vc não poderia fazer a cirurgia, o que complicaria o caso ainda mais, pq seu seio com certeza necrosaria, e vc teria que amputá-lo e não poderia amamentar, além de ter o risco de dar alguma anomalia no feto, que o faria perder a vida durante a gravidez." isso era o fim do mês de setembro,ou seja eu estaria com 4 meses de gestação.Tenho certeza que Deus interveio para que o pior não acontecesse. Fiz mais alguns exames e marcamos a cirurgia para o início de novembro. A cirurgia foi um sucesso, a recuperação foi ótima, e o risco do tumor voltar é praticamente zero.
Já se passaram 8 meses desde que fiz a cirurgia, e Deus me devolveu a alegria, no dando esse belo presente que hoje está em meu ventre com exatas 12 semanas. Hoje mais do que nunca tenho a plena certeza que vale a pena ser fiel a Deus e confiar em seus planos para nossa vida, e sei por experiência própria, que os planos de Deus para nós, não são frustados e são muito, muito melhores que os nossos!!
QUE DEUS TE ABENÇOE!!!
