terça-feira, 22 de novembro de 2011

SUGESTÕES PARA DAR MEDICAÇÃO AS CRIANÇAS

Muitos jovens pais (e também alguns com experiência) têm dúvidas acerca de como dar os medicamentos aos bebés e crianças pequenas. O segredo é acreditar que a criança precisa do medicamento. Uma criança pode perceber qualquer dúvida que você tenha, o que fará com que resista a tomar o medicamento, independentemente do que você fizer. A sua única solução é acreditar firmemente que está a fazer o melhor. Tenha confiança e aja com determinação. Se não tiver a certeza de que o medicamento é necessário, fale primeiro com o pediatra, em vez de tentar ministrá-lo à criança sem estar totalmente segura.
Se o seu filho detestar tomar medicamentos e se o pediatra considera que é essencial que lho dê, analise esta questão com o pediatra. Pergunte por uma medicação alternativa, cuja dose seja menor e que tenha um sabor melhor. Também pode ajudar experimentar com uma forma diferente, pois para algumas crianças toleram mais um comprimido esmagado e misturado na comida do que um xarope com um sabor estranho.
Sugestões gerais para que a criança engula o medicamento.
Certifique-se de que o seu filho esteja de pé ou sentado num ângulo de 45 graus quando estiver a tomar o medicamento. Isto reduz o risco de asfixia.
Se o medicamento for líquido, dê-lho pelo lado da boca, perto do meio da língua. Se o líquido for directamente para o centro do paladar, engasga-se. Coloque os comprimidos na parte posterior da língua.
Quando for possível, disfarce o mau sabor de um medicamento. A melhor forma é misturá-lo com alguns dos seus alimentos preferidos, como puré de maçã, iogurte, pudim flan, compota, gelado ou creme de chocolate.
É possível que misturar o medicamento com algum líquido não seja uma boa ideia, porque uma parte importante do medicamento ficará agarrado à caneca, ao copo ou ao biberão. Se decidir dar-lhe o medicamento com um líquido, utilize uma pequena quantidade e faça com que a criança ingira tudo.
Se utilizar uma colher, escolha uma com medida, pois é mais exacta que uma colher comum e normal. Melhor ainda, utilize uma colher plástica dosificada para administrar medicamentos.
Nunca se refira ao medicamento como sendo um rebuçado. Isso pode provocar uma confusão potencialmente perigosa. Diga exactamente o que é.
Sob nenhuma circunstância permita que uma criança tome os medicamento sem supervisão.
Não negoceie nem suborne, ou, caso contrário, terá de pagar cada vez um "preço" mais elevado. Além disso, estará a dar a ideia de que tomar um medicamento é uma actividade negociável, quando na realidade não o é. Na altura, pode dar-lhe a hipótese de escolher, por exemplo, o recipiente ou o local onde quer tomar o medicamento, mas nunca lhe dê a entender que existe outra opção em troca da qual toma o medicamento.
Se a criança se recusa a tomar o medicamento, não a castigue. A maior parte dos medicamentos sabe mal e estamos todos programados para evitar sabores amargos, que em geral são venenosos quando encontrados na natureza. Apenas insista e siga em frente.
Quando a missão estiver cumprida, não se esqueça do GRANDE abraço e parabéns correspondentes pelo bom trabalho, para ambos!
Seguem-se algumas estratégias e técnicas específicas, de acordo com a idade do seu filho.
Bebês Pegue no seu filho num ângulo de 45 graus, com as mãos para baixo e a cabeça apoiada. Usando uma seringa plástica, um conta-gotas ou a tetina de um biberão, deixe cair umas gotas do medicamento na parte posterior da língua perto dos lados. Evite esvaziar o conta-gotas na parte interna das bochechas, porque seguramente o bebé vai cuspi-lo logo que possa. Também evite verter o medicamento directamente na garganta, porque o bebé poderia engasgar-se. Dê-lhe um pouco de leite ou sumo.
Crianças Pequenas e na Idade Pré-Escolar Pode diminuir o mau sabor de alguns medicamentos líquidos de várias formas.
Refresque o medicamento e depois deixe o bebé chupar gelado ou bocadinhos de gelo antes de tomar o medicamento. Em seguida, dê-lhe algum líquido frio que ele goste para o mau gosto passar. As baixas temperaturas alteram o paladar.
Misture o medicamento com algum alimento de sabor forte, como por exemplo pudim de chocolate. Certifique-se de que a criança come toda a mistura de alimento e medicamento. Também pode diluir o medicamento num líquido de sabor forte, como sumo de maçã, por exemplo, desde que o beba todo.
As crianças entre 1 e 4 anos são as que certamente mais se recusarão a tomar o medicamento. Isto deve-se ao facto de as crianças desta idade terem ideias muito claras acerca do que comem e bebem e serem muito cautelosos, inclusive com aqueles alimentos que na nossa opinião têm um bom sabor. Uma forma de diminuir uma grande resistência, é ouvir o que o seu filho tem a dizer relativamente à ingestão do medicamento antes de tentar administrá-lo. Se não mudar de opinião acerca da importância de tomar o medicamento enquanto o ouve, ficará surpreendida com a colaboração que finalmente conseguirá obter do seu filho.
Em seguida, elogie o seu filho por ter tomado o medicamento, mas dê-lhe a saber que terá de o agarrar de novo se na próxima vez se recusar a tomá-lo. Dê-lhe a escolher entre tomar o medicamento sozinho ou ser agarrado por alguém.
Crianças na Idade Escolar As crianças desta idade podem compreender por que é necessário que tomem um medicamento e sentir-se-ão mais tranquilos no momento de fazê-lo. Podem até mesmo tomar o medicamento por elas próprias enquanto o adulto supervisiona. Se a ideia de tomar medicamentos não agradar ao seu filho, utilize um sistema de recompensa com estrelas e premeie-a por cada dose que toma ou pela do dia. Se os líquidos com mau sabor e pastilhas de mastigar forem o problema, veja se o seu filho está pronto para engolir comprimidos.
As crianças podem aprender a engolir comprimidos aos 5 anos, se bem que seja mais fácil fazê-lo quando estiverem na escola primária e tiverem 7 ou 8 anos. Para ensinar o seu filho, faça com que pratique a engolir um pedaço pequeno de comida mole sem mastigar. Gradualmente, experimente com alimentos pequenos mais duros que se dissolvam rapidamente na boca no caso de se entalar, como por exemplo chocolate ou pequenos pedaços de gelo. Quando chegar a altura de tomar o medicamento, tente dar-lhe pequenos comprimidos inteiros ou parta os comprimidos maiores ao meio ou aos quartos.

* Artigo realizado pelas Dras. Suzanne Dixon e Angela Rosas

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

CRIANÇA PODE COMER GELATINA?

Saiba o que diz especialista sobre essa sobremesa que as crianças adoram!
Segundo Daniel Magnoni, nutrólogo do HCOR, a gelatina é um alimento com pouco valor nutritivo, muito açúcar e corantes. Mas você não precisa riscá-la do cardápio do seu filho. O que vale é a moderação. “As crianças devem consumir gelatina apenas depois de completarem 1 ano. Antes disso, o produto pode provocar alergias, devido aos corantes”, afirma Patrícia Ramos, nutricionista do Hospital Bandeirantes. A partir desta idade, o indicado é oferecer 2 ou 3 vezes por semana um copinho de 100 ml. “Mais do que isso é exagero”, diz Patrícia.
Reduzir o consumo não é a única solução. Uma alternativa é preparar a sobremesa de uma maneira mais saudável, misturando gelatina sem sabor (que não possui corante) a sucos de frutas. Outra dica é, em vez da gelatina, oferecer a própria fruta ou papinhas. “O melhor é adiar o máximo possível o contato das crianças com alimentos doces e repletos de substâncias artificiais. Quanto mais natural for a alimentação de seu filho, desde pequeno, melhor”, afirma.
Em relação às gelatinas com edulcorantes (um tipo de adoçante), a orientação de Patrícia é que o produto seja restrito aos diabéticos. No caso de crianças que precisem controlar a dieta, o ideal é apenas reduzir o consumo.

10 DICAS PARA ESTIMULAR SEU FILHO A ANDAR

“Meu filho andou com 11 meses.” Pronto! Basta ouvir isso de outra mãe para você entrar em desespero com o seu filho que acabou de completar 1 ano e ainda não anda? Fique tranquila! Leia esta reportagem até o fim e você vai ver por que não é preciso desespero e o que pode fazer para ajudar seu filho nessa etapa do desenvolvimento dele. Mas lembre-se: o principal estímulo em qualquer fase é o que carinho que você dá a ele, todos os dias.
Esqueça as comparações
Essa é a primeira dica porque é também motivo de ansiedade dos pais. Não há uma idade certa para a criança andar, e sim um período - entre 10 e 18 meses - para que isso aconteça. Se o seu filho só deu os primeiros passos sozinho com 1 ano e 4 meses, e o da sua irmã com 1 ano, não quer dizer que ele tem um atraso neurológico ou neuromotor ou que foi pouco estimulado por você. É o tempo dele! Apenas isso.
Deixe-o explorar
Deixe o bebê experimentar o chão, fazer suas próprias rotas, procurar os melhores caminhos, descobrir texturas com os pés e as mãos. Claro, fique sempre por perto.
Incentive
Você pode, por exemplo, se colocar a um metro da criança e chamá-la. Ela irá se esforçar para chegar até você. Também pode ajudá-la a ficar em pé na ponta do sofá para que caminhe até a outra – onde você a espera. Usar brinquedos é outra dica. Afaste-os para que seu filho, aos poucos, tente pegá-los.
Com as suas mãos
Eles adoram! Segure as duas mãozinhas do seu filho e vá caminhando junto com ele. Depois, segure apenas uma, até que ele se sinta seguro e você consiga soltar a outra. Tenha calma. Isso pode não acontecer na primeira vez. Segure a ansiedade!
Dê segurança
A posição ereta e os primeiros passos significam um novo mundo para o bebê. A capacidade de locomoção o leva a se arriscar – é aí também que a atenção dos pais será decisiva. Se seu filho tropeçar ou derrubar algo, alerte-o de forma carinhosa. Broncas agressivas ou impacientes podem retrair a criança e até atrasar seu desenvolvimento motor.
Não o assuste
OK. Dá até um frio na barriga de ver aquele bebê andando todo desengonçado a ponto de cair a qualquer momento. Mas a sua postura é fundamental para que ele não se assuste (isso pode até atrasar o tempo de ele andar). Se por acaso, cair para trás e bater a cabeça, socorra-o, mas sem (pelo menos mostrar para ele...) desespero. Então, conforte-o e observe se não fica sonolento ou vomita. Se perceber qualquer modificação no comportamento do seu filho, ligue para o médico.
Esqueça o andador
Além de ser responsável por acidentes com crianças, o acessório, diferente do que se imagina, não estimula a criança a andar. Ao contrário. O andador pode atrasar o desenvolvimento psicomotor do seu filho, fazendo com que leve mais tempo para ficar de pé e caminhar sem apoio. Isso sem falar que ele encurta uma etapa importante, o engatinhar.
Calçado ideal?
O melhor é deixar seu filho descalço. Além de dar mais aderência, ao sentir o chão, ele se sente mais seguro. Meias antiderrapantes também são boas opções, principalmente para os dias frios. Esqueça calçados duros demais. Opte por tênis molinhos, confortáveis e no tamanho certo.
Um lugar diferente
Leve seu filho para passear num parque ou numa praça. Um bichinho ou uma folha grande de árvore pode aguçar sua curiosidade e ser um estímulo para que queira andar e chegar mais perto.
Sobre quinas, móveis e mais
Ao mesmo tempo que é uma delícia ver seu filho andar, nessa fase (que inclui o engatinhar) é preciso ficar atento com tudo o que estiver aos olhos dele. Uma toalha de mesa que pode puxar, quinas de móveis, escadas, objetos pequenos e pontiagudos e até móveis fáceis de virar. Com todas essas sugestões, vale reforçar: “Aproveite essa fase do andar. Aproveite todas as fases da criança, sem neura”, diz Edilson Forlin, ortopedista pediátrico do Hospital Pequeno Príncipe (PR). Fontes: Edilson Forlin, ortopedista pediátrico do Hospital Pequeno Príncipe (PR); Hamilton Robledo, pediatra do Hospital São Camilo (SP); Luiza Batista, coordenadora de políticas públicas da ONG Criança Segura; Maria Amparo Martinez, pediatra do Hospital Santa Catarina (SP).

TUDO O QUE VOCÊ PRECISA SABER PARA O SEU FILHO NÃO TER CÁRIE NUNCA!

Isaac com 9 meses e 8 dentes
A seguir, você vai encontrar um manual para manter o sorriso do seu filho bem longe da cárie. Tudo bem se você não consegue acompanhar todas as escovações dos dentes do seu filho. Garanta que a última, feita à noite, seja a melhor limpeza
Cárie desde bebê
Sim, ela pode aparecer desde o nascimento do primeiro dente, o que acontece por volta dos 6 meses. A batalha é silenciosa: o açúcar presente nos restos de alimentos que ficam dentro da boca, sólidos ou líquidos (até o leite materno tem), junta-se a uma película de saliva que fica sobre os dentes, chamada biofilme. Nessa película também estão as bactérias do bem e as nocivas, como a Streptococcus mutans, que provoca o buraco no dente (ou a lesão da cárie, como os especialistas chamam). Toda essa sujeira recebe o nome de placa bacteriana. Quando os dentes não são limpos com assiduidade, as bactérias “do mal” se alimentam dos açúcares que estão nesses restos de comida e passam a produzir ácidos que atacam o esmalte protetor dos dentes. Por isso é tão importante não dar doce para o seu filho, principalmente no primeiro ano, nem adoçar o leite que ele toma.
Para entender melhor esse ataque, imagine que o dente é uma parede, da qual você vai removendo o reboco, os tijolos, até abalar as estruturas e ela desmoronar. O primeiro sinal de que algo não vai bem são as manchas brancas que vão aparecer nos dentes. A boa notícia é que elas são reversíveis. Em geral, a aplicação de flúor no consultório (e um puxão de orelha na criança e nos pais) resolve. Ela é liberada já a partir dos primeiros dentes, mas é o dentista que resolve quando é necessária.
Se as manchas não são tratadas, surge um buraquinho no dente. Nesse estágio, a dor aparece. A cárie pode atingir o coração do dente (a parte viva, como o nervo), provocando infecções e até a perda do mesmo. Esse processo é ainda mais rápido nos de leite porque as camadas que protegem sua estrutura são mais finas, e fica fácil atingi-la. A perda precoce de um dente de leite prejudica o crescimento do permanente, porque ele funcionava como um guia. Ou seja, sem um modelo para “seguir”, o dente do seu filho pode nascer torto. Quando se perde mais de um, a mastigação fica prejudicada.
No Brasil, dados do Ministério da Saúde, de 2003, mostram que 27% das crianças com idades entre 18 e 36 meses têm pelo menos um dente de leite com cárie, e esse número sobe para 60% quando a faixa etária é de 5 anos. No último estudo, realizado no fim do ano passado, não foram publicados dados sobre essas estimativas.
Extraído de:  http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI205126-15155,00.html