terça-feira, 22 de novembro de 2011

SUGESTÕES PARA DAR MEDICAÇÃO AS CRIANÇAS

Muitos jovens pais (e também alguns com experiência) têm dúvidas acerca de como dar os medicamentos aos bebés e crianças pequenas. O segredo é acreditar que a criança precisa do medicamento. Uma criança pode perceber qualquer dúvida que você tenha, o que fará com que resista a tomar o medicamento, independentemente do que você fizer. A sua única solução é acreditar firmemente que está a fazer o melhor. Tenha confiança e aja com determinação. Se não tiver a certeza de que o medicamento é necessário, fale primeiro com o pediatra, em vez de tentar ministrá-lo à criança sem estar totalmente segura.
Se o seu filho detestar tomar medicamentos e se o pediatra considera que é essencial que lho dê, analise esta questão com o pediatra. Pergunte por uma medicação alternativa, cuja dose seja menor e que tenha um sabor melhor. Também pode ajudar experimentar com uma forma diferente, pois para algumas crianças toleram mais um comprimido esmagado e misturado na comida do que um xarope com um sabor estranho.
Sugestões gerais para que a criança engula o medicamento.
Certifique-se de que o seu filho esteja de pé ou sentado num ângulo de 45 graus quando estiver a tomar o medicamento. Isto reduz o risco de asfixia.
Se o medicamento for líquido, dê-lho pelo lado da boca, perto do meio da língua. Se o líquido for directamente para o centro do paladar, engasga-se. Coloque os comprimidos na parte posterior da língua.
Quando for possível, disfarce o mau sabor de um medicamento. A melhor forma é misturá-lo com alguns dos seus alimentos preferidos, como puré de maçã, iogurte, pudim flan, compota, gelado ou creme de chocolate.
É possível que misturar o medicamento com algum líquido não seja uma boa ideia, porque uma parte importante do medicamento ficará agarrado à caneca, ao copo ou ao biberão. Se decidir dar-lhe o medicamento com um líquido, utilize uma pequena quantidade e faça com que a criança ingira tudo.
Se utilizar uma colher, escolha uma com medida, pois é mais exacta que uma colher comum e normal. Melhor ainda, utilize uma colher plástica dosificada para administrar medicamentos.
Nunca se refira ao medicamento como sendo um rebuçado. Isso pode provocar uma confusão potencialmente perigosa. Diga exactamente o que é.
Sob nenhuma circunstância permita que uma criança tome os medicamento sem supervisão.
Não negoceie nem suborne, ou, caso contrário, terá de pagar cada vez um "preço" mais elevado. Além disso, estará a dar a ideia de que tomar um medicamento é uma actividade negociável, quando na realidade não o é. Na altura, pode dar-lhe a hipótese de escolher, por exemplo, o recipiente ou o local onde quer tomar o medicamento, mas nunca lhe dê a entender que existe outra opção em troca da qual toma o medicamento.
Se a criança se recusa a tomar o medicamento, não a castigue. A maior parte dos medicamentos sabe mal e estamos todos programados para evitar sabores amargos, que em geral são venenosos quando encontrados na natureza. Apenas insista e siga em frente.
Quando a missão estiver cumprida, não se esqueça do GRANDE abraço e parabéns correspondentes pelo bom trabalho, para ambos!
Seguem-se algumas estratégias e técnicas específicas, de acordo com a idade do seu filho.
Bebês Pegue no seu filho num ângulo de 45 graus, com as mãos para baixo e a cabeça apoiada. Usando uma seringa plástica, um conta-gotas ou a tetina de um biberão, deixe cair umas gotas do medicamento na parte posterior da língua perto dos lados. Evite esvaziar o conta-gotas na parte interna das bochechas, porque seguramente o bebé vai cuspi-lo logo que possa. Também evite verter o medicamento directamente na garganta, porque o bebé poderia engasgar-se. Dê-lhe um pouco de leite ou sumo.
Crianças Pequenas e na Idade Pré-Escolar Pode diminuir o mau sabor de alguns medicamentos líquidos de várias formas.
Refresque o medicamento e depois deixe o bebé chupar gelado ou bocadinhos de gelo antes de tomar o medicamento. Em seguida, dê-lhe algum líquido frio que ele goste para o mau gosto passar. As baixas temperaturas alteram o paladar.
Misture o medicamento com algum alimento de sabor forte, como por exemplo pudim de chocolate. Certifique-se de que a criança come toda a mistura de alimento e medicamento. Também pode diluir o medicamento num líquido de sabor forte, como sumo de maçã, por exemplo, desde que o beba todo.
As crianças entre 1 e 4 anos são as que certamente mais se recusarão a tomar o medicamento. Isto deve-se ao facto de as crianças desta idade terem ideias muito claras acerca do que comem e bebem e serem muito cautelosos, inclusive com aqueles alimentos que na nossa opinião têm um bom sabor. Uma forma de diminuir uma grande resistência, é ouvir o que o seu filho tem a dizer relativamente à ingestão do medicamento antes de tentar administrá-lo. Se não mudar de opinião acerca da importância de tomar o medicamento enquanto o ouve, ficará surpreendida com a colaboração que finalmente conseguirá obter do seu filho.
Em seguida, elogie o seu filho por ter tomado o medicamento, mas dê-lhe a saber que terá de o agarrar de novo se na próxima vez se recusar a tomá-lo. Dê-lhe a escolher entre tomar o medicamento sozinho ou ser agarrado por alguém.
Crianças na Idade Escolar As crianças desta idade podem compreender por que é necessário que tomem um medicamento e sentir-se-ão mais tranquilos no momento de fazê-lo. Podem até mesmo tomar o medicamento por elas próprias enquanto o adulto supervisiona. Se a ideia de tomar medicamentos não agradar ao seu filho, utilize um sistema de recompensa com estrelas e premeie-a por cada dose que toma ou pela do dia. Se os líquidos com mau sabor e pastilhas de mastigar forem o problema, veja se o seu filho está pronto para engolir comprimidos.
As crianças podem aprender a engolir comprimidos aos 5 anos, se bem que seja mais fácil fazê-lo quando estiverem na escola primária e tiverem 7 ou 8 anos. Para ensinar o seu filho, faça com que pratique a engolir um pedaço pequeno de comida mole sem mastigar. Gradualmente, experimente com alimentos pequenos mais duros que se dissolvam rapidamente na boca no caso de se entalar, como por exemplo chocolate ou pequenos pedaços de gelo. Quando chegar a altura de tomar o medicamento, tente dar-lhe pequenos comprimidos inteiros ou parta os comprimidos maiores ao meio ou aos quartos.

* Artigo realizado pelas Dras. Suzanne Dixon e Angela Rosas

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

CRIANÇA PODE COMER GELATINA?

Saiba o que diz especialista sobre essa sobremesa que as crianças adoram!
Segundo Daniel Magnoni, nutrólogo do HCOR, a gelatina é um alimento com pouco valor nutritivo, muito açúcar e corantes. Mas você não precisa riscá-la do cardápio do seu filho. O que vale é a moderação. “As crianças devem consumir gelatina apenas depois de completarem 1 ano. Antes disso, o produto pode provocar alergias, devido aos corantes”, afirma Patrícia Ramos, nutricionista do Hospital Bandeirantes. A partir desta idade, o indicado é oferecer 2 ou 3 vezes por semana um copinho de 100 ml. “Mais do que isso é exagero”, diz Patrícia.
Reduzir o consumo não é a única solução. Uma alternativa é preparar a sobremesa de uma maneira mais saudável, misturando gelatina sem sabor (que não possui corante) a sucos de frutas. Outra dica é, em vez da gelatina, oferecer a própria fruta ou papinhas. “O melhor é adiar o máximo possível o contato das crianças com alimentos doces e repletos de substâncias artificiais. Quanto mais natural for a alimentação de seu filho, desde pequeno, melhor”, afirma.
Em relação às gelatinas com edulcorantes (um tipo de adoçante), a orientação de Patrícia é que o produto seja restrito aos diabéticos. No caso de crianças que precisem controlar a dieta, o ideal é apenas reduzir o consumo.

10 DICAS PARA ESTIMULAR SEU FILHO A ANDAR

“Meu filho andou com 11 meses.” Pronto! Basta ouvir isso de outra mãe para você entrar em desespero com o seu filho que acabou de completar 1 ano e ainda não anda? Fique tranquila! Leia esta reportagem até o fim e você vai ver por que não é preciso desespero e o que pode fazer para ajudar seu filho nessa etapa do desenvolvimento dele. Mas lembre-se: o principal estímulo em qualquer fase é o que carinho que você dá a ele, todos os dias.
Esqueça as comparações
Essa é a primeira dica porque é também motivo de ansiedade dos pais. Não há uma idade certa para a criança andar, e sim um período - entre 10 e 18 meses - para que isso aconteça. Se o seu filho só deu os primeiros passos sozinho com 1 ano e 4 meses, e o da sua irmã com 1 ano, não quer dizer que ele tem um atraso neurológico ou neuromotor ou que foi pouco estimulado por você. É o tempo dele! Apenas isso.
Deixe-o explorar
Deixe o bebê experimentar o chão, fazer suas próprias rotas, procurar os melhores caminhos, descobrir texturas com os pés e as mãos. Claro, fique sempre por perto.
Incentive
Você pode, por exemplo, se colocar a um metro da criança e chamá-la. Ela irá se esforçar para chegar até você. Também pode ajudá-la a ficar em pé na ponta do sofá para que caminhe até a outra – onde você a espera. Usar brinquedos é outra dica. Afaste-os para que seu filho, aos poucos, tente pegá-los.
Com as suas mãos
Eles adoram! Segure as duas mãozinhas do seu filho e vá caminhando junto com ele. Depois, segure apenas uma, até que ele se sinta seguro e você consiga soltar a outra. Tenha calma. Isso pode não acontecer na primeira vez. Segure a ansiedade!
Dê segurança
A posição ereta e os primeiros passos significam um novo mundo para o bebê. A capacidade de locomoção o leva a se arriscar – é aí também que a atenção dos pais será decisiva. Se seu filho tropeçar ou derrubar algo, alerte-o de forma carinhosa. Broncas agressivas ou impacientes podem retrair a criança e até atrasar seu desenvolvimento motor.
Não o assuste
OK. Dá até um frio na barriga de ver aquele bebê andando todo desengonçado a ponto de cair a qualquer momento. Mas a sua postura é fundamental para que ele não se assuste (isso pode até atrasar o tempo de ele andar). Se por acaso, cair para trás e bater a cabeça, socorra-o, mas sem (pelo menos mostrar para ele...) desespero. Então, conforte-o e observe se não fica sonolento ou vomita. Se perceber qualquer modificação no comportamento do seu filho, ligue para o médico.
Esqueça o andador
Além de ser responsável por acidentes com crianças, o acessório, diferente do que se imagina, não estimula a criança a andar. Ao contrário. O andador pode atrasar o desenvolvimento psicomotor do seu filho, fazendo com que leve mais tempo para ficar de pé e caminhar sem apoio. Isso sem falar que ele encurta uma etapa importante, o engatinhar.
Calçado ideal?
O melhor é deixar seu filho descalço. Além de dar mais aderência, ao sentir o chão, ele se sente mais seguro. Meias antiderrapantes também são boas opções, principalmente para os dias frios. Esqueça calçados duros demais. Opte por tênis molinhos, confortáveis e no tamanho certo.
Um lugar diferente
Leve seu filho para passear num parque ou numa praça. Um bichinho ou uma folha grande de árvore pode aguçar sua curiosidade e ser um estímulo para que queira andar e chegar mais perto.
Sobre quinas, móveis e mais
Ao mesmo tempo que é uma delícia ver seu filho andar, nessa fase (que inclui o engatinhar) é preciso ficar atento com tudo o que estiver aos olhos dele. Uma toalha de mesa que pode puxar, quinas de móveis, escadas, objetos pequenos e pontiagudos e até móveis fáceis de virar. Com todas essas sugestões, vale reforçar: “Aproveite essa fase do andar. Aproveite todas as fases da criança, sem neura”, diz Edilson Forlin, ortopedista pediátrico do Hospital Pequeno Príncipe (PR). Fontes: Edilson Forlin, ortopedista pediátrico do Hospital Pequeno Príncipe (PR); Hamilton Robledo, pediatra do Hospital São Camilo (SP); Luiza Batista, coordenadora de políticas públicas da ONG Criança Segura; Maria Amparo Martinez, pediatra do Hospital Santa Catarina (SP).

TUDO O QUE VOCÊ PRECISA SABER PARA O SEU FILHO NÃO TER CÁRIE NUNCA!

Isaac com 9 meses e 8 dentes
A seguir, você vai encontrar um manual para manter o sorriso do seu filho bem longe da cárie. Tudo bem se você não consegue acompanhar todas as escovações dos dentes do seu filho. Garanta que a última, feita à noite, seja a melhor limpeza
Cárie desde bebê
Sim, ela pode aparecer desde o nascimento do primeiro dente, o que acontece por volta dos 6 meses. A batalha é silenciosa: o açúcar presente nos restos de alimentos que ficam dentro da boca, sólidos ou líquidos (até o leite materno tem), junta-se a uma película de saliva que fica sobre os dentes, chamada biofilme. Nessa película também estão as bactérias do bem e as nocivas, como a Streptococcus mutans, que provoca o buraco no dente (ou a lesão da cárie, como os especialistas chamam). Toda essa sujeira recebe o nome de placa bacteriana. Quando os dentes não são limpos com assiduidade, as bactérias “do mal” se alimentam dos açúcares que estão nesses restos de comida e passam a produzir ácidos que atacam o esmalte protetor dos dentes. Por isso é tão importante não dar doce para o seu filho, principalmente no primeiro ano, nem adoçar o leite que ele toma.
Para entender melhor esse ataque, imagine que o dente é uma parede, da qual você vai removendo o reboco, os tijolos, até abalar as estruturas e ela desmoronar. O primeiro sinal de que algo não vai bem são as manchas brancas que vão aparecer nos dentes. A boa notícia é que elas são reversíveis. Em geral, a aplicação de flúor no consultório (e um puxão de orelha na criança e nos pais) resolve. Ela é liberada já a partir dos primeiros dentes, mas é o dentista que resolve quando é necessária.
Se as manchas não são tratadas, surge um buraquinho no dente. Nesse estágio, a dor aparece. A cárie pode atingir o coração do dente (a parte viva, como o nervo), provocando infecções e até a perda do mesmo. Esse processo é ainda mais rápido nos de leite porque as camadas que protegem sua estrutura são mais finas, e fica fácil atingi-la. A perda precoce de um dente de leite prejudica o crescimento do permanente, porque ele funcionava como um guia. Ou seja, sem um modelo para “seguir”, o dente do seu filho pode nascer torto. Quando se perde mais de um, a mastigação fica prejudicada.
No Brasil, dados do Ministério da Saúde, de 2003, mostram que 27% das crianças com idades entre 18 e 36 meses têm pelo menos um dente de leite com cárie, e esse número sobe para 60% quando a faixa etária é de 5 anos. No último estudo, realizado no fim do ano passado, não foram publicados dados sobre essas estimativas.
Extraído de:  http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI205126-15155,00.html

domingo, 23 de outubro de 2011

DESENVOLVIMENTO DO BEBÊ AOS 9 MESES

                                                                 Quase andando
O bebê está cada vez mais perto de andar de fato. Nesta etapa, ele consegue subir escadas engatinhando e se movimentar de pé apoiando-se em móveis. Há crianças de 9 meses que chegam a dar alguns passinhos, mas ainda com ajuda. O bebê também está aprendendo a dobrar os joelhos e a se sentar depois de já estar de pé (uma operação mais difícil do que se imagina!).
Uma maneira de ajudar seu filho nessas primeiras caminhadas é se posicionar na frente dele, a uma curta distância, com as mãos esticadas encostando nas dele, para que ande na sua direção. Outro bom exercício é usar um daqueles carrinhos em que a criança pode se apoiar e empurrar (fique de olho em modelos que sejam estáveis e tenham uma base de sustentação larga).
É indispensável que sua casa seja segura para crianças. Coloque travas em portas de armário que você não queira que sejam abertas, já que os bebês são automaticamente atraídos por esse tipo de coisa.
Sapatos? Ainda não Muitos pais ficam na dúvida se é hora de pôr sapatos quando os bebês começam a ficar de pé e a se movimentar. A maioria dos especialistas acredita que os sapatos não são necessários até que seu filho esteja passeando na rua com frequência. Andar descalço é algo que não só fortalece o peito do pé e os músculos do pé e da perna do bebê (evitando o pé chato), como pode colaborar para o equilíbrio.
Aprendendo na brincadeira O bebê já coloca objetos em uma caixa e consegue tirá-los de lá. Para que possa praticar isso, dê a ele um balde de plástico e alguns bloquinhos coloridos (que não sejam pequenos demais para não haver risco de serem engolidos). Nesta fase, as crianças adoram brinquedos com partes removíveis ou com compartimentos que abrem e fecham. Carrinhos que possam ser arrastados de um lado para o outro são divertidos tanto para meninos como para meninas.
Você vai notar que, se tirar um brinquedo do seu filho, ele vai protestar, à medida que aumenta sua habilidade de expressar necessidades e desejo.
Aos 9 meses, cerca de metade das crianças gosta de dar um brinquedo a outra pessoa só para pegá-lo de volta depois. Seja companheira nessas horas de diversão. Tente rolar uma bola no chão para o bebê e veja se ele joga de volta. Com peças que podem ser empilhadas, seu filho terá a opção de colocar uma em cima da outra ou de dar uma delas para você.
Treino para ficar longe dos pais A ansiedade de separação chega a um pico entre este período e os próximos meses. Embora seja normal que um bebê de 9 meses demonstre forte ligação com você e rejeição a outras pessoas, esse elo pode decepcionar avós e outros parentes. Ajude seu filho a se sentir mais confortável e espere que ele manifeste o interesse de ir no colo de alguém.
Se o seu bebê chupa o dedo ou uma chupeta para se acalmar em situações mais estressantes, não se preocupe. A sucção é uma das únicas maneiras que os bebês conhecem para se tranquilizar.
Viagens Esta costuma ser uma idade difícil para se viajar com bebês. Crianças pequenas gostam de rotina, algo que tende a ser alterado durante viagens. Se for viajar, esteja preparada para um companheiro possivelmente irritado e, ao mesmo tempo, apegado. Tenha uma série de coisas para distraí-lo durante a jornada, como livrinhos, brinquedos que fazem barulho e, o mais importante, aquele famoso ursinho de pelúcia ou outro objeto de estimação. Se seu filho gosta de chupetas, é bom ter várias à mão, já que elas parecem sumir justo quando você mais precisa.
Compreensão da linguagem A enxurrada de palavras que o bebê ouve desde o nascimento começa a surtir efeito. Nesta etapa, o entendimento de longe supera a fala, embora os sons do seu filho cada vez mais se assemelhem a palavras de verdade, incluindo aquele esperado "ma-ma". Só não se anime demais, já que essas sílabas provavelmente são só mesmo sons repetidos.
O seu tom de voz ainda faz mais sentido para seu filho do que as palavras em si. Mas, quanto mais você conversar com ele - ao preparar o jantar, no carro ou enquanto se veste --, mais o bebê aprende sobre a dinâmica da comunicação. Um estudo chegou a apontar que um dos maiores fatores para se prever a inteligência futura é medir a quantas palavras uma criança é exposta diariamente. É óbvio que a conversa dos outros ou horas à frente da TV não contam. O que vale para seu filho é ouvir palavras e o uso da língua de forma interativa.
Aos 9 meses, as crianças começam a entender o sentido do "não", só que dificilmente vão obedecer. Ao seu próprio nome, contudo, os bebês respondem sim, olhando em volta ou interrompendo o que estão fazendo para ver quem chamou.
Será que o desenvolvimento do meu filho é normal? Lembre-se, cada bebê é de um jeito e atinge certos marcos de desenvolvimento físico no seu próprio ritmo. O que apresentamos são apenas referências de etapas que seu filho tem potencial para alcançar -- se não agora, em pouco tempo.
Caso seu filho tenha nascido prematuro, é provável que você observe que ele leva um pouco mais de tempo para fazer as mesmas coisas que outras crianças de idade similar. Não se preocupe, a maioria dos médicos avalia o desenvolvimento de um prematuro conforme a idade corrigida e acompanha seu progresso levando isso em conta.
Fonte: http://brasil.babycenter.com/baby/desenvolvimento/09m0w/

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

SERÁ QUE É MANHA ?

O Texto abaixo foi tirado de:  http://www.infonet.com.br/meubebe/obebe05.htm 

Sinceramente, "manha" não existe. Pelo menos durante os 2 primeiros anos de vida. Pelo menos não essa "manha" que as pessoas usam como álibi para se isentar de acudir o bebê que permanece chorando, pau da vida. Me desculpe se, porventura, minha opinião difere da sua, mas, por amor, vamos pensar juntas...
Convenhamos, um bebê de meses não tem capacidade de fazer essa tal "manha"! Se ele chora é porque algo vai mal, e o choro é a única forma de comunicação que ele tem.
Imagine-se num país estranho, cujo idioma você não fala uma palavra. Aí você tenta se comunicar usando um pouco de mímica ou outro artifício qualquer e... ninguém faz a menor força para tentar entendê-la. Puxa, isso é indignante! É o maior egoísmo e falta de solidariedade.
O bebê não sabe falar. O choro é a única linguagem que ele conhece. Ele só pode apelar para ela. Cabe aos adultos tentar entender o que se passa e acudir o pequeno.
Bom, se o neném está chorando, você faz o "check-list" dos possíveis motivos:
está com fome? Não, mamou há pouco; está com a fralda molhada ou suja? Não, já troquei; está com frio ou calor? Não; a roupa está incomodando? Não, está uma beleza de confortável; está com cólica? Não, não é choro de cólica; está com alguma dor? Não aparentemente;
Aí vem alguém e diz:
Áh, então é "manha"... deixa chorar pra aprender...
Bom, aí o neném põe a boca no mundo, berra à beça, se esvai em lágrimas, e ninguém faz nada... Todos se isentam, pois já verificaram as razões materiais para o choro e se certificaram que nada está errado (não está com fome, não está molhado, não é cólica...).
Nada errado para eles, pois se o bebê está chorando é porque tem algo errado com certeza - mesmo que seja meramente um desconforto passageiro.
Gente, sabe-se lá o que um bebê traz em sua mente como sensações e sentimentos? Sabe-se lá que memória ele tem? Você nunca sentiu medo por estar sozinha? Mesmo um medinho passageiro, que você resolveu em segundos através de sua capacidade de raciocínio?
Pois é! Vai ver o bebê está sentindo um medo parecido. Acontece que um jovem bebê não tem a menor capacidade de raciocínio, ele é emoção pura, em estado bruto! Não se pode exigir de um bebê que ele use sua razão - isso é uma coisa que vai acontecer aos poucos, através de muito aprendizado e de muito estímulo.
Esse bebê que está "fazendo manha" pode estar se sentindo inseguro. Pode estar com medo. Pode estar tendo uma sensação ruim, de vazio. Pode estar carente de contato físico - de colo - por alguns momentos. Sei lá... pode estar tendo um monte de sensações que não conseguimos imaginar, e precisa de amparo, de atenção, de segurança, de colo.
É um absurdo essas pessoas que esgotam as explicações materiais e concluem, com a maior cara de pau: "é manha, deixa chorar pra aprender". Gente, isso é a maior desumanidade! É cruel. O bebê fica aterrorizado, indignado, frustrado. Ele vai acabar por se calar sim. Vai cansar e vai calar. Mas até lá, minha amiga, esse bebê vai ter passado maus momentos!
Vai ter tido uma péssima experiência de desamparo e rejeição ("que mundo horrível, ninguém me quer"). Vai ter experimentado uma frustração grande ("sou incapaz, não consigo o que quero"). Vai ter acumulado, em todo o seu corpinho, as tensões deste mau momento (músculos retesados). Vai ter armazenado em seu cérebrozinho - tão puro e sem maldade - um stress totalmente desnecessário. Ele vai guardar esta experiência, pode crer.
Você quer isso pro seu filho? Papai, você quer isso? Coloque-se no lugar do pequeno? Você gostaria de passar por isso?
Agora me diga: o que ele aprendeu de bom com isso? Nada! Ele não precisa aprender as regras da vida desta maneira, pela via da dor. Ele pode aprender pela via do entendimento. Talvez dê mais trabalho, mas é muito melhor para todos.
Se o bebê está fazendo a tal "manha", ampare-o. Dê colo a ele. Ofereça o seio mesmo que ele não esteja com fome. Cante baixinho. Faça carinho. Converse com ele com a voz serena e firme, transmitindo confiança e amor. Não pense que ele não entende. Ele entende sim!! Com certeza! Pode não entender o sentido das palavras, mas seu cérebro percebe as vibrações de sua voz, e é assim que a comunicação se dá.
Boto a minha mão no fogo se esse bebê não se acalmar - mesmo que demore - e não crescer mais confiante e seguro. Uma criança tratada com humanidade vai ser muito mais amiga, obediente... vai ser uma criança mais fácil. Aquela tratada com egoísmo poderá se revoltar, ou então poderá ser uma "santa" mas escondendo que neuroses e que infelicidade em sua alma!
Quando o bebê cresce um pouco e já tem uma certa capacidade de raciocínio, mesmo assim ele não deve ser "abandonado" aos prantos. Nessa hora, ele deve ser reconfortado e devem lhe explicar que não precisa chorar, que está tudo bem, que mamãe e papais voltam, etc. Pode ser que ele continue chorando um pouco, mas ele vai se acalmar rápido - ele vai ter elementos para lidar com a situação, sua mente terá recursos para se tranqüilizar e ter confiança.
As pessoas podem apresentar inúmero argumentos. O mais compreensível é o da mãe cansada, exausta, que não tem apoio do marido e da família para lidar com o bebê. Mas mesmo assim eu finco pé... não se pode recusar atendimento a um bebê assim. Um bebê é responsabilidade de todos - não só da mãe!
Em resposta final a todos os argumentos que possam surgir, eu prefiro seguir a orientação de Jesus Cristo. Ele disse: "confortai os que choram". Então, pelo sim pelo não, "manha" ou não "manha", eu fico com Jesus: acudo a criança. Depois a gente vê como é que fica.
Uma última palavra às mães zelosas e amorosas, e aos pais e avós idem: também não vá se culpar se o neném tiver chorado um pouco, se você estiver meio sem paciência, cansada, etc. Isso acontece. Se você, em geral, não nega atenção ao pequeno, tudo bem. Essa reflexão toda é mais para aquelas pessoas que ainda não formaram sua opinião, e para aquelas que acreditam na tal "manha"...

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

DESENVOLVIMENTO DO BEBÊ DE 7 MESES

Pula, pula

O bebê consegue apoiar o peso nas pernas por curtos períodos e adora pular. Além disso, ele provavelmente senta sem apoio (o que libera suas mãozinhas para explorar o mundo) e já tenta virar quando está nessa posição para pegar algum objeto. Algumas crianças, quando colocadas de bruços, chegam até a estender os braços para se sentar sozinhas. 
 

Aprendendo a segurar

A chamada coordenação motora fina do seu bebê também está se aprimorando. A esta altura, ele provavelmente passa coisas de uma mão para a outra com facilidade e pode até conseguir segurar um copinho especial para crianças com as duas mãos juntas (e seu auxílio). Em pouco tempo, você vai reparar que o barulho em casa aumentou, não só porque o bebê emite mais sons, mas também porque ele terá descoberto a graça de bater uma coisa na outra.
Para ajudar no desenvolvimento da coordenação motora fina, coloque um brinquedo ou algo interessante fora do alcance do bebê e observe como ele vai tentar pegá-lo. Se por um acaso seu filho começar a chorar porque não consegue alcançar, continue a encorajá-lo com tranquilidade, sem, contudo, entregar o objeto. A criança está simplesmente expressando frustração e vai acabar se tornando mais confiante em termos físicos se você não facilitar demais as coisas. Depois de algumas tentativas, o bebê vai se inclinar e, em seguida, voltar à posição inicial. Isso plantará uma semente para que ele comece a se balançar para a frente e para trás sobre as mãos e os joelhos, num incentivo para engatinhar ou rolar para se locomover por conta própria. É bom que a criança esteja usando roupas confortáveis para facilitar tarefas como essa. 

Dentição
Embora a dentição do bebê possa já ter se iniciado (na média, esse processo começa com 5 ou 6 meses de idade, mas pode ocorrer somente aos 12, dependendo da herança genética), provavelmente agora você vai visualizar os dois dentes incisivos inferiores, depois os superiores e, posteriormente, os dois laterais. E não se espante, nem se preocupe, se a sequência do nascimento dos dentes não for a "tradicional" ou se entre alguns dentes ficar um espaço; muitas vezes, os dentes irrompem a gengiva em ângulos esquisitos, ocasionando tais espaços, que tendem a diminuir após todos os 20 dentes-de-leite terem aparecido. Com a dentição, esteja pronta para ainda mais baba e sons novos, à medida que seu filho se adapta às novidades na boca dele.

Autoridade em xeque
Você já deve ter se pegado explicando para seu filho que telefone não é brinquedo. Nesta fase, a criança começa a testar a autoridade dos pais, recusando-se por vezes a cumprir o que lhe é dito. Quando ela reage negativamente, não ache que está sendo desobediente ou teimosa está apenas curiosa. A curiosidade é um importante instrumento para o aprendizado e deve ser sempre estimulada. Outra coisa é que a memória dela às vezes só dura alguns segundos. A melhor tática é falar "não" e depois distraí-la com outra atividade

Início da "ansiedade de separação" Se o seu bebê demonstra certa ansiedade quando está longe de você durante o dia, isso aumenta mais ainda na hora de dormir. Quando acorda durante a noite, mesmo que brevemente, seu filho sabe que você está por perto e não hesita em tentar chamar sua atenção. Você provavelmente fica dividida entre a vontade de reconfortá-lo ou levá-lo para a sua cama e a preocupação com aquelas famosas teorias de que agindo assim você vai "estragá-lo". A verdade é que dar colo para a criança de vez em quando -- não sempre -- não faz mal a ninguém. Quando a ansiedade de separação estiver menos intensa, você pode tentar ensiná-la a dormir sozinha de novo. E há famílias que optam por dormir sempre todo mundo na mesma cama. Se a decisão agradar a todos os envolvidos, é sempre uma possibilidade, mesmo indo contra a orientação de boa parte dos profissionais (psicólogos, psiquiatras e pediatras) no Brasil.
A relutância do bebê em se separar de você pode até criar uma sensação boa, de confiança, mas também traz problemas para você. Assim, para que você consiga fazer outras coisas quando está em casa, experimente ter por perto uma caixa com os brinquedos do seu filho, a fim de mantê-lo um tempinho distraído, mas por perto, enquanto você faz o que precisa. Captando a mensagem O bebê participa ativamente de brincadeiras de esconder, além de perceber sutilezas no tom de sua voz. Ele poderá até abrir um berreiro se você for mais ríspida.


Compreensão de como os objetos se relacionam Desenvolvimento pela brincadeira
Seu filho está começando a entender a relação de um objeto com o outro em um espaço tridimensional. Com essa habilidade, ele passa a observar os brinquedos e consegue agrupar bloquinhos por tamanho, por exemplo. Se ele estiver olhando num espelho e de repente você aparecer por trás, é provável que se vire, em vez de achar que você está dentro do próprio espelho.
Você já deve ter reparado que a simples brincadeira de esconder seu rosto com as mãos e depois dizer "Achou!" é fascinante para o bebê. Ele adora que pessoas ou objetos apareçam e desapareçam. Um ótimo jeito de manter seu filho de 7 meses ocupado é esconder algo embaixo de um pano para que ele possa descobrir.

As crianças gostam de situações previsíveis, por isso seu filho se diverte com infinitas repetições da mesma coisa. Além de brincadeiras de esconder (veja acima), tente estimulá-lo também com interações como a contagem dos dedos a partir do "dedo mindinho, seu vizinho...".
Nesta fase, os bebês costumam gostar de bichos de pelúcia de qualquer tamanho. Um deles provavelmente vai acabar sendo o objeto de segurança "eleito" (chamado de transicional, em termos técnicos) e, em pouco tempo, ficará coberto de baba. Ao comprar novos bichos para a coleção do seu filho, procure os mais macios, bem costurados e de preferência laváveis. Outros bons brinquedos para esta etapa do crescimento são bolas, cilindros que se encaixam um no outro, caixinhas com objetos que pulam para fora quando abertas e bonecos grandes.
Há bem pouco tempo era fácil tirar um brinquedo das mãos do seu bebê, mas agora essa tarefa fica mais complicada, e ele poderá protestar em alto e bom som.

Será que o desenvolvimento do meu filho é normal?
Lembre-se, cada bebê é de um jeito e atinge certos marcos de desenvolvimento físico no seu próprio ritmo. O que apresentamos são apenas referências de etapas que seu filho tem potencial para alcançar -- se não agora, em pouco tempo.
Caso seu filho tenha nascido prematuro, é provável que você observe que ele leva um pouco mais de tempo para fazer as mesmas coisas que outras crianças de idade similar. Não se preocupe, a maioria dos médicos avalia o desenvolvimento de um prematuro conforme a idade corrigida e acompanha seu progresso levando isso em conta.

Extraído de: http://brasil.babycenter.com/baby/desenvolvimento/07m0w/

BULLYNG - PROBLEMA DA ESCOLA OU DOS PAIS?


  shutterstock
O 1° Simpósio Brasileiro Sobre Bullying, que aconteceu em São Paulo, e reuniu especialistas das áreas jurídicas, educacional e médica, foi promovido pelo Sindicato de Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo (Sieeesp). E a iniciativa é justamente para reforçar a importância da postura das escolas no combate ao bullying, termo que, segundo o pediatra Lauro Monteiro, só começou a ser usado no país em 2002.
A psicanalista Sônia Makaron, uma das palestrantes, frisou sobre o papel fundamental dos pais no comportamento da criança, apontando caminhos certos e errados (afinal, ter um filho do tipo valentão não é uma vantagem, como se pode pensar), mas como a partir dos 7 anos o olhar da escola para o convívio entre os alunos deve ser prioritário. Segundo os especialistas que participaram do Simpósio, apesar de, aos poucos, as escolas brasileiras se conscientizarem de que o problema também é delas e pararem de achar que bullying é “coisa de criança e passa com o tempo”, muito ainda precisa ser feito. E não há uma receita: cada espaço precisa encontrar a sua maneira de lidar com a situação.
Abaixo, confira a entrevista da CRESCER com a psicanalista Sonia Makaron
CRESCER: O bullying tem idade para começar?
Sônia Makaron: O bullying tem vários graus, e o mais incipientes podem aparecer já na primeira infância. Porém, é importante os adultos não confundirem uma ação que pode ser feita por curiosidade (a menina de 4 anos que levanta a saia da coleguinha da mesma idade talvez só queira verificar o sexo alheio), com pequenas crueldades repetitivas, que geram sofrimento no outro, característica do bullying. Nessa fase, os pais têm que explicar, dizer que está errado, mas sem punir. Se o fenômeno persistir, indico castigos leves, como ficar sem algo de que gosta. Esse é o momento do problema em que os pais mais têm que agir, pois as crianças ainda estão muito ligadas a eles. A partir dos 7 anos, a idade da razão, o bullying toma a forma mais característica e discutida hoje, com apelidos maldosos e agressões, por exemplo. A partir desse momento, o papel da escola passa a ser prioritário.
C.: Então é na escola que o bullying tem de ser combatido?
S.:
Mais do que isso, é no espaço escolar que o bullying precisa ser prevenido. Afinal, é lá que as coisas acontecem. É obrigação da escola adotar políticas antibullying, conscientizar professores e alertar pais e alunos. Se a escola não contar, os pais, muitas vezes, ficam sem saber, principalmente no caso de crianças que são agressoras e espectadoras.
C.: O que os pais devem fazer quando o seu filho é o agressor?
S.:
Primeiro, eles precisam controlar o sentimento de autoproteção que leva a pensamentos do tipo “o meu filho não tem problemas”. Ser o valentão não é uma qualidade nesse caso. Tampouco orgulhar-se da suposta liderança do filho, que não se sustenta em coisas realmente importantes, como maior conhecimento, ajuda a resolver a questão. Então, é essencial ouvir o que a escola tem a dizer, pois agressores normalmente não contam aos pais o que fazem, e conversar muito com a criança. Outro ponto fundamental é que muitas crianças tornam-se agressivas porque vêm de um ambiente familiar desarmônico. É importante cuidar das relações caseiras também, mostrar que uma forma de socialização pacífica, solidária, que respeite o outro, é possível. Há, ainda, a possibilidade de procurar ajuda de especialistas quando ou o caso é mais grave ou os pais não sabem direito como lidar com a situação.
C.: E se a criança for espectadora?
S.:
Esse, talvez, seja o mais difícil de os pais perceberem. Afinal, a escola dificilmente vai procurar os adultos responsáveis pelas crianças que não estão envolvidas diretamente no conflito, apesar de ser o indicado. Acho importante os pais, sempre que possível, levantarem questões, perguntar o que os filhos acham das situações de bullying, e, a partir daí, propor reflexões. Perguntas como “o que você faria se um colega estivesse sendo humilhando?” já indicam o posicionamento da criança. E ressaltar, sempre, que o correto, caso ele presencie cenas de constrangimento, é procurar a direção da escola. Ele não será um dedo duro, mas sim alguém que agiu com solidariedade.
C.: Depois da tragédia de Realengo, o que muda em relação ao bullying?
S.:
O massacre serviu para assustar, mas não necessariamente gerar uma reflexão, pois cada pessoa lida de uma maneira diferente com o sofrimento. Além do que, já é sabido, o atirador tinha problemas psiquícos, e o bullying foi apenas um ingrediente, e não toda a motivação do crime.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

A MULHER DA PÁGINA 194

Ela é loira e linda. Tem 20 anos. Modelo profissional. Saiu na última edição da revista americana Glamour ilustrando uma reportagem sobre autoimagem, e foi o que bastou para causar um rebuliço nos Estados Unidos. A revista recebeu milhares de cartas e e-mails. Razão: a barriga saliente da moça. Teor das mensagens: alívio. Uma mulher com um corpo real. Não sei se Lizzie Miller, que ficou conhecida como a mulher da página 194, já teve filhos, mas é pouco provável, devido à idade que tem. No entanto, quem já teve filhos conhece bem aquela dobrinha que se forma ao sentar. E mesmo quem não teve conhece também, bastando para isso pesar um pouco mais do que 48 quilos, que é o que a maioria das tops pesa. Lizzie não é um varapau — atua no mercado das modelos “plus size”, ou seja, de tamanhos grandes. Veste manequim 42, um insulto ao mundo das anoréxicas.
A foto me despertou sentimentos contraditórios. Por mais que estejamos saturados dessa falsa imagem de perfeição feminina que as revistas promovem, há que se admitir: barriga é um troço deselegante. É falso dizer que protuberâncias podem ser charmosas. Não são.
Só que toda mulher possui a sua e isso não é crime, caso contrário, seríamos todas colegas de penitenciária. Sem photoshop, na beira da praia, quase ninguém tem corpaço, a não ser que estejamos nos referindo a volume. Se estivermos falando de silhueta de ninfa, perceba: são três ou quatro entre centenas. E, nesse aspecto, a foto de Lizzie Miller serve como uma espécie de alforria. Principalmente porque ela não causa repulsa, ao contrário, ela desperta uma forte atração que não vem do seu abdômen, e sim do seu semblante extremamente saudável. É saúde o que essa moça vende, e não ilusão.
Um generoso sorriso, dentes bem cuidados, cabelos limpos, segurança, satisfação consigo próprio, inteligência e bom humor: é isso que torna um homem ou uma mulher bonitos. Aquelas meninas magérrimas que ilustram editoriais de moda, quase sempre com cara de quem comeu e não gostou (ou de quem não comeu, mas gostaria), são apenas isso: magérrimas. Não parecem pessoas felizes. Lizzie Miller dá a impressão de ser uma mulher radiante, e se isso não é sedutor, então rasgo o diploma de Psicologia que não tenho. Ela merecia estar na primeira página, mas, mesmo tendo sido publicada na 194, roubou a cena.

Extraído de: (Zero Hora)
Citado em: http://saude-familia.blogspot.com/2010/03/mulher-da-pagina-194.html

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

CRIANÇA PODE (DEVE) USAR ANDADOR?

Se você está pensando em investir o seu dinheiro num andador para o seu filho, atenção! A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) estima que o acessório, apesar das recomendações dos médicos, ainda é usado por cerca de 60 a 90% dos bebês entre seis e 15 meses de idade. E os riscos são inúmeros: queimaduras (pela proximidade com tomadas e panelas), intoxicações, afogamentos e, principalmente, quedas. Para piorar, estudos mostram que 70% das crianças que sofreram traumatismos com andadores estavam sob a supervisão de um adulto. “O andador, de fato, dá mais independência aos bebês”, diz Luiza Batista, coordenadora de políticas públicas da ONG Criança Segura. “Mas eles ainda não têm maturidade física e emocional para tanta liberdade.” Outro fator que facilita os acidentes é o fato do peso da cabeça da criança ser desproporcional ao resto do corpo. “Ela pende para frente com facilidade, postura que é potencializada pelo andador”, diz Luiza.
Além disso, o uso do aparelho pode atrasar o desenvolvimento psicomotor da criança, fazendo com que ela leve mais tempo para ficar de pé e caminhar sem apoio. Isso sem falar que ele encurta uma etapa importante, o engatinhar. Outro prejuízo diz respeito a atividade física: embora ganhe mais mobilidade, a criança gasta menos energia para alcançar o que lhe interessa. “Todos os seres humanos aprendem a caminhar sem andador”, diz Nei Botter Montenegro, ortopedista e traumatologista do Hospital Albert Einstein, de São Paulo. “Por isso, além de ser perigoso, ele não traz nenhuma contribuição ao desenvolvimento da criança.”
Ainda assim, o produto é facilmente encontrado nas lojas. Em alguns países, como o Canadá, a comercialização do andador é proibida (incluindo os artigos usados). No Brasil, infelizmente, não há legislação que proteja a criança nesse caso. “A responsabilidade, portanto, depende somente dos pais”, diz Luiza, da ONG Criança Segura.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

PAIS BRILHANTES PROFESSORES FASCINANTES- Fragmentos

1-O primeiro hábito dos pais brilhantes é deixar seus filhos conhece-los: Dentro de sua condições, os bons pais, atendem a todos os desejos de seus filhos. Os pais brilhantes dão aos seus filhos algo que todo o dinheiro do mundo não pode comprar: o seu ser, sua história, suas experiências, suas lágrimas e seu tempo. Os pais que compartilham sua vida suas experiências, alegrias tristezas, aventuras e dificuldades estão educando a emoção de seus filhos, e seus filhos se apaixonarão por eles. Pais e filhos penetram um no mundo do outro., criando assim vínculos sólidos e profundos. O aprendizado depende do registros diário de milhares de estímulos externos(visuais, auditivos e tátei) e internos(pensamentos e reações emocionais). Não é só o que você diz a eles mas o que eles vêem em voce. O comportamento dos pais seja ele inteligente ou estúpido é arquivado diariamente. Muitos pais falam coisas maravilhosas a seus filhos, mas tem péssimas reações na frente deles: são intolerantes, agressivos, parciais, dissimulados. Seus filhos não precisam de heróis, milhonários, profissionais ou gigantes, precisam de seres humanos. Chorar e abraçar são mais importantes do que dar-lhes fortunas ou fazer-lhe montanhas de criticas. Nenhuma técnica psicológica funcionará se o amor não funcionar.

2- Bons pais nutrem o corpo, pais brilhantes nutrem a personalidade: Pais brilhantes além de se preocupar com uma dieta saudável buscam o enriquecimento da inteligência e da emoção . Ter cultura, boa condição financeira, excelente relação conjugal e propiciar uma boa escola para os jovens não basta para produzir saúde psíquica. A educação não é somente a que fala sobre o mundo em que estamos, mas também sobre o mundo que somos. Prepare seus filhos para sobreviverem nas águas turbulentas da emoção e desenvolverem capacidade crítica. Prepare seus filhos para ser, pois o mundo os preparará para ter. Nutra seus filhos com otimismo sólido, demonstre força e segurança. Mostre que a verdadeira liberdade está dentro dele. Ensina-lhe a combater todos os pensamentos negativos. Não busque formar um gigante, mas um ser humano com capacidade de reconhecer suas forças e limitações.

3-Bons pais corrigem erros, pais brilhantes ensinam a pensar: Não seja um perito em criticar comportamentos inadequados, seja um perito em fazer seus filhos refletirem.. Quando você abre a boca para repetir as mesmas coisas, detona um gatilho inconciente. Seus filhos já saberão tudo o que vais dizer. Eles se armarão e se defenderão, e o que você vai dizer não surtirá efeito dentro deles. Não insista em repetir as mesmas coisas para os mesmos erros, para as mesmas teimosias. Educar não é repetir palavras, é criar idéias. É surpreender os filhos dizendo-lhe coisas que eles não esperam, reagir de modo diferente diantes de seus erro. Se você causar um impacto no universo emocional e racional de seus filhos os terá conquistado. Se você educar a inteligência emocional dos seus filhos com elogios quando eles esperam uma bronca, com um encorajamento quando eles esperam uma reação agressiva, com uma atitude afetuosa quando esperam um ataque de raiva, eles registrarão voce com grandeza. Entretanto não é apenas com um gesto que você garantirá a conquista mas no decorrer de vida.
Fragmento do Livro de Augusto Cury - Pais Brilhantes Professores Fascinantes
Extraído de: http://ensinar-aprender.blogspot.com/2009/12/texto-para-os-pais-tres-dos-sete.html

sábado, 30 de julho de 2011

DICAS EXTRAS SOBRE ALIMENTAÇÃO INFANTIL

Isaac com 6 meses
Muitas mamães, principalmente aquelas de “primeira viagem”, ficam com mil dúvidas na hora de introduzir outros alimentos na rotina do bebê.
Até os 6 meses, se possível e de preferência, só leite materno e uma mamãe se alimentando muito bem. A partir daí, comidinhas caseiras que são, com certeza, a melhor opção para o seu filho! A seguir, algumas boas razões pelas quais se deve preparar em casa uma papinha fresca, totalmente natural e saudável para o seu bebê.
  • Preparar a comida do seu bebê em casa lhe dá total controle sobre os ingredientes utilizados – você terá certeza absoluta de que ela é livre de aditivos artificias, os quais com certeza um bebezinho tão pequeno e lindo não precisa de jeito nenhum! Se o seu bebê é dado a alergias, fazendo a papinha em casa lhe dá a certeza de que não haverão ingredientes potencialmente alergênicos escondidos no meio da receita.
  • Você com certeza toma todos os cuidados para se certificar de que somente os melhores ingredientes serão utilizados. Será que as grandes indústrias, produtoras de papinhas industriais, têm tempo e disposição para isso? Será que elas são capazes de colocar nessas papinhas o amor e carinho que você coloca?
  • Todas as ferramentas que você precisa para fazer uma boa papinha caseira para o seu filho já estão provavelmente na sua cozinha e não são nada caras ou mirabolantes.
  • Fazendo as comidinhas do seu bebê em casa, você pode oferecer uma infinidade de combinações entre alimentos e variadas texturas e sabores, tornando a transição para comidas comuns muito menos estressante para seu pequeno.
  • Você alimenta seu bebê de acordo com suas necessidades e com as dicas que ele lhe dará. E como é você quem está controlando a textura e os ingredientes da comidinha do SEU bebê, você saberá melhor do que ninguém o que é melhor para ele e o que ele gosta mais.
  • Hábitos alimentares saudáveis se desenvolverão tão cedo quanto a sua dedicação em optar sempre pela melhor qualidade e comidas e lanchinhos saudáveis. Seu bebê com certeza irá se beneficiar desses hábitos alimentares saudáveis por toda a vida e irá sempre lhe agradecer por isso!
  • Um benefí­cio extra, muito atraente também – você economiza um bom dinheiro preparando as papinhas em casa!! Não apenas no preço da comida em si, mas também por ser a papinha caseira muito mais nutritiva. Faça a conta: você ganha mais nutrientes gastando menos dinheiro! E bebês e crianças saudáveis e bem nutridos não ficam doentes, não gastam tanto com médicos e remédios!
A papinha caseira pode ser apresentada em combinações infinitas e são apenas limitadas pela idade do seu bebê e pelo estágio do desenvolvimento dele.
Sempre consulte o seu pediatra de confiança antes de introduzir qualquer novidade na alimentação do seu bebê. Fale sobre sua vontade de só alimentá-lo com comidas caseiras.
Sempre siga a “regra dos 4 dias” quando estiver introduzindo algum novo alimento: ofereça ao seu bebê este mesmo ingrediente durante 4 dias, acompanhado somente de alimentos já conhecidos e testados contra eventuais alergias. Esta regra deve ser utilizada mesmo em alimentos caseiros! Procure não introduzir mais de uma novidade por vez. A “regra dos 4 dias” é uma prática interessante e que deve ser seguida sempre. Ajuda a identificar possí­veis alergênicos, causas de eventuais desconfortos digestivos. A alergia em geral se manifesta em até 24 horas. Alguns distúrbios digestivos entretanto podem demorar mais a aparecer. Depois de se certificar que o ingrediente não causa nenhum tipo de alergia, sinta-se livre para prepará-lo como sua imaginação mandar e seu bebê permitir!
Atenção à higiene: E isso não vale só para o preparo da comida do seu bebê, mas da sua e de toda a famí­lia. Mãos lavadas, boas panelas (eu prefiro as de aço inóx e eventualmente as de ferro), superfí­cie de trabalho limpa. Cuidados com a higiene são fundamentais na cozinha e na vida, mas também nada de neuroses!
Finalmente lembre-se: os bebês são todos diferentes e não vão gostar das mesmas comidas nem vão comer a mesma quantidade. Aliás, o mesmo bebê pode ter um dia com mais apetite e comer muito bem e outro dia com pouco apetite, sem que isso signifique qualquer problema. Não se desespere!!! Ofereça variedades, ofereça várias formas de preparo para um mesmo ingrediente e tenha muita paciência. É tudo um grande aprendizado para ele e para você!

terça-feira, 19 de julho de 2011

O QUE O BEBÊ DE 6 MESES CONSEGUE FAZER?

Isaac faltando 3 dias pra fazer 6 meses!
Com seis meses o bebê usa as mãos para descobrir o mundo. Quer pegar, alcançar, amassar, apertar. Bate com os objetos no chão e na beira da cama para fazer barulho e começa a se interessar realmente pelos seus brinquedos. Sua percepção já está evoluída a ponto de conseguir encontrar um objeto escondido se tiver uma parte visível.
Se o bebê estiver entretido com um brinquedo e alguém tentar tirá-lo de suas mãozinhas, terá dificuldades. Ele usa movimentos do corpo e aperta com mais força o objeto para não entregar. Esse é um claro sinal da inteligência do bebê.
Outro exemplo é quando estamos brincando com ele, falando e mostrando um objeto e paramos de repente. Logo o bebê começa a fazer sons e balançar os bracinhos pedindo mais.
Eles gostam de audiência. Quanto mais gente por perto rindo e se divertindo com as suas gracinhas, mais feliz o bebê está.
Ele fica bastante tempo entretido com seus brinquedos e, se estiver apoiado, consegue sentar. Mas os pais precisam ficar sempre atentos. Aos 6 meses os bebês são rápidos, jogam o corpo, rolam e os tombos podem acontecer a qualquer hora.
Seu equilíbrio e coordenação motora já estão bem evoluídos e ele é capaz de se virar para um lado, para o outro, para frente e para trás.
A linguagem continua se desenvolvendo e agora o bebê balbucia para os brinquedos, usa consoantes e vogais diversas, resmunga e gargareja. Também consegue usar tonalidades diferentes para demonstrar raiva, alegria, dúvida, desapontamento.
Nessa fase o bebê já distingue perfeitamente rostos familiares e estranhos. Seu comportamento social pode ser percebido no reconhecimento de pessoas da família.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

COMO ESTIMULAR O BEBÊ DE 6 MESES?

Fazendo Papai do Céu?????
O desenvolvimento mental está fortemente ligado aos estímulos que o bebê recebe. Por isso, é fundamental que os pais conversem e falem com o bebê, mesmo que ele não entenda o significado das palavras. Mostre as cores e diga os nomes, imite o barulho dos animais, cante musicas infantis, aponte as partes do corpo e diga os nomes.
A voz da mãe é muito importante para incentivar a fala do bebê. Aos 6 meses, ele tenta modular suas emissões vocais de acordo com o que ouve da mãe.
O contato com outras crianças, principalmente com irmãos mais velhos, é excelente, pois facilita tanto o desenvolvimento mental quanto o social. Ele aprende a dividir, se comunicar, respeitar, impor suas vontades.
Incentive-o a se arrastar para pegar os brinquedos. Coloque seu brinquedo preferido a alguns centímetros de onde ele está e faça movimentos, barulhos e chame o bebê. Essa etapa em que ele começa a se locomover para alcançar objetos é importante para o aprendizado do engatinhar.

domingo, 17 de julho de 2011

SENTAR, ENGATINHAR E ANDAR - UMA FASE POR VEZ!

Isaac com 5 meses e 3 semanas
Nos primeiros 12 meses de vida, o desenvolvimento motor do bebê acontece numa velocidade impressionante: de um pequeno ser que nem consegue se virar no berço ao nascer a um quase caminhante quando completa 1 ano. Entre uma fase e outra, ele aprenderá a sustentar a cabeça, a se sentar, se arrastar pelo chão, engatinhar, ficar em pé e, só então, andar. Cada uma dessas conquistas é um marco importante em seu crescimento.
Portanto, não se afobe. Aproveite degrau por degrau na escalada de seu filho rumo à independência motora. Esteja atento a todos os momentos, estimulando ao máximo seu crescimento, mas, ao mesmo tempo, respeitando seu processo evolutivo natural. Um exemplo: quando o bebê começar a se sentar, lá por volta dos 5 meses, é necessário dar apoio tanto para as costas como para a lateral do corpo, evitando quedas.
Entre 7 e 10 meses, ele já terá condições para se sentar sozinho. O mesmo vale para os primeiros sinais de que os músculos estão firmes o suficiente para ele ficar em pé e aprender a caminhar. Não se trata de exagerar nos cuidados, mas de encorajar a criança com segurança. A interação com o bebê dará a você a medida certa de como agir em cada situação.

NANINHA PARA BEBÊS - OBJETOS TRANSICIONAIS, USAR OU NÃO USAR?

Paninhos, bichinhos de pelúcia, brinquedos, cobertores e até travesseiros deixam as crianças mais seguras na hora de dormir. São os chamados objetos transicionais, que os bebês adotam para lidar com a separação da mãe e começar a construir sua identidade
É hora de dormir. Bebê deitado, fralda colocada, ambiente tranquilo. Depois da historinha, a criança sonolenta parece calma e pronta para pegar no sono. Tudo perfeito, cama quentinha, luzes apagadas e... o bebê começa a chorar – sinal claro de que a noite está apenas começando!
Se essa cena lhe parece familiar, antes de se desesperar, saiba que seu filho pode estar inseguro, com medo de se separar da mãe. E uma das maneiras mais eficazes de lidar com essa fase de transição é dar a ele um amiguinho de pelúcia, um brinquedinho de tecido, um cobertorzinho macio, uma fraldinha de pano ou até um travesseirinho fofinho. São os chamados objetos transicionais.
Qual escolher?
De acordo com a pediatra Ana Escobar, do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, antes de dormir, as crianças gostam de ter, por perto, objetos familiares para segurar. “Eles trazem segurança para o nenê”, ressalta a médica.
Os objetos transicionais simbolizam a figura materna para a criança. Há uma inevitável associação com o colo e o aconchego. Paninhos, cobertores e brinquedos de pano costumam fazer sucesso entre os bebês. Alguns meninos podem escolher objetos mais duros, como um travesseiro ou um bichinho de pelúcia.
Para Maria Eugênia Pesaro, psicóloga da USP e membro do Centro de Atendimento e Pesquisas Lugar de Vida – que trata crianças desde a primeira infância até a adolescência –, os objetos transicionais substituem a presença da mãe na mente da criança.
Ela lembra que essa teoria foi criada pelo psicanalista inglês Donald Winnicott e que, segundo o especialista, mais importante do que o objeto é a experiência da criança com ele. “Ele ajuda o bebê na difícil tarefa de construir sua identidade. São os primeiros estágios de uso da ilusão, uma transição que abre caminho para o desenvolvimento da criatividade e da capacidade de brincar”, aponta Maria Eugênia.
Chupeta é objeto transicionalO fenômeno transicional passa a ser perceptível a partir dos 4 meses de idade. Mas, segundo Ana Escobar, do Instituto da Criança, a chupeta cumpre essa função de transição até o bebê completar 1 ano de idade. “A partir do primeiro ano de vida, os objetos transicionais começam a ser mais importantes. Nessa fase, a criança fica insegura porque tem consciência das coisas, mas sem a clareza racional”, analisa a pediatra.
Apesar da importância dos objetos transicionais, os pais devem observar a forma como seus bebês estão usando seu paninho ou brinquedinho. “O ideal é utilizá-los apenas na hora de dormir. É nesse momento que a criança sabe que ficará sozinha e, por isso, sente-se mais insegura”, destaca Ana Escobar.
Muitos pais relatam que a criança perde um pouco do interesse quando os brinquedos são lavados. Isso ocorre porque os bebês também o reconhecem pelo cheiro. No entanto, a opinião dos especialistas é a de que eles devem, sim, ser lavados sempre que necessário por questões de higiene.
Tem idade para retirar Não convém deixar a criança usar o objeto durante toda a infância. Com 2 anos de idade, a compreensão das situações fica mais clara para o bebê e é um bom momento para começar a retirar os objetos. “Eles perdem o sentido à medida que a criança desenvolve interesses culturais, como jogar, desenhar e fazer algum esporte”, informa Maria Eugênia.
Para a psicóloga, os objetos devem ser encarados como algo saudável, mas seu uso prolongado – após os 2 anos de idade – pode representar uma dificuldade da criança em passar pelo processo de individualização. “Pode haver a fixação da criança pelo brinquedo”, relata a Maria Eugênia. De acordo com ela, porém, isso não deve ser entendido como um vício semelhante ao que os adultos desenvolvem por outras “muletas”. “Não podemos comparar as crianças aos adultos. Podemos, ao contrário, entender o adulto com base em sua infância”, ela esclarece.
Nem todas as crianças adotam um objeto transicional. Segundo a psicóloga da USP, alguns bebês desenvolvem a capacidade de criar e se individualizar sem, necessariamente, fazer uso de um brinquedo: “O fenômeno transicional geralmente está associado a algo sensorial ou perceptível. Mas a escolha é particular de cada criança. Para algumas, basta a figura da mãe”.

sábado, 16 de julho de 2011

COMO CUIDAR DO BEBÊ VEGETARIANO

Há sempre muita dificuldade em saber o que se pode dar aos bebés, a partir do momento em que começam a comer. Embora se deva privilegiar sempre o leite materno o máximo de tempo possível (o ideal será o bebé só ingerir alimentos sólidos quando tiver dentes), após os 6 meses de vida do bebé, há muita coisa que se lhe pode dar!
A partir dos 6 meses, podem dar-se papas de cereais naturais, como aveia, centeio, trigo, e misturar com frutas, vegetais ou na sopa. Os cereais com glúten (aveia, cevada, trigo, centeio) só devem ser introduzidos após os 6 meses de idade. Aos 4 meses podem usar-se farinhas de arroz, amido de milho (conhecido por maisena), ou tapioca, que são cereais sem glúten. Os bebés muito gordos não devem comer papas de cereais, podem começar com os caldos de legumes que, embora não engordem tanto, são mais nutritivos. Não esquecer que o pão ou as bolachas (a não ser que sejam de arroz ou milho, por exemplo) têm glúten e que, portanto, só podem ser dados após os 6 meses.
Também não se deve adicionar leite às farinhas lácteas porque estas já têm leite adicionado (geralmente de vaca) e, se nós, ainda por cima, juntarmos mais leite, isso vai provocar uma sobrecarga para o fígado e os rins do bebé, podendo levar à desidratação, obesidade, doenças cardiovasculares, insuficiência renal ou diabetes. Há farinhas sem leite adicionado ou então com leite para lactentes ou de transição (que tem um leite mais adequado a um bebé).

Ao introduzir novos alimentos, convém ser sempre um de cada vez durante uma semana, para ver as reacções do bebé. A partir dos 4 a 6 meses, o bebé pode comer pêra ou banana crua, ou maçã cozida, tudo sempre bem maduro. As frutas têm um efeito mais laxante (ajudam a barriguinha do bebé a funcionar melhor) e previnem melhor as cáries se forem trituradas com o garfo, em vez de se usar a varinha. A partir dos 6 meses, podem ir-se introduzindo outras frutas, tais como o pêssego, alperce ou frutos secos cozidos que não tenham casca rija - ameixa, tâmara, alperce. Os citrinos e frutos com grainhas (laranja, kiwi, tomate, morango, framboesa, amora, uva) só devem ser introduzidos após os 12 meses. Os frutos de casca rija (nozes, amendoins, etc) só devem ser dados à criança após os 3 anos de idade, devido às alergias que podem causar.

Também a partir dos 6 meses o bebé pode começar a comer sopa – a princípio um caldo simples - de alface, abóbora, cenoura, batata doce, batata, couve-flor, feijão-verde, alho-francês, lentilhas sem casca (cor-de-laranja), alho, cebola, tronchuda, penca, vagem, ou agrião, sempre muito bem passado e introduzindo um, o máximo dois ingredientes novos por semana.
Após os 6 meses o bebé pode, também, comer tofu e soja fina misturada na sopa, assim como cuscuz. O tofu deve ser fresco (o de frasco é menos saudável para o bebé). É um alimento de fácil digestão e bastante suave. Deve ser cozido e juntar-se a papas e sopas.
A partir dos 8/9 meses pode dar-se farinha de pau, açorda, massa, puré de batata e/ou beterraba, sempre com cuidado para que o bebé não se engasgue. Os nabos e espinafres só devem ser introduzidos após os 9 meses, e as leguminosas (feijão, grão, favas, ervilhas), bem cozidas, a partir dos 12 meses.
O iogurte natural de soja, o arroz integral muito bem cozido, o bulgur e o millet podem ser dados a partir dos 9 meses, tendo sempre em conta as reacções da criança - cuidado, aliás, que se deve ter com todos os alimentos. Também nesta idade o bebé pode consumir levedura de cerveja ou gérmen de trigo misturado nas sopas ou papas.

Aos 12 meses pode começar a dar-se seitan ao bebé, assim como o leite de soja para adultos (enriquecido com vitamina B12) e outros leites vegetais (de arroz, aveia), embora se recomende um leite de soja adequado a bebés até, pelo menos, aos 18 meses, se não estiver a ser amamentado. Quanto ao seitan, este, no início, deve ser cozido juntamente com legumes e triturado na sopa. Depois, pode ir-se dando aos pedacinhos. Deve preferir-se a versão biológica, sem molho de soja adicionado.

Se o bebé não for amamentado, recomenda-se que lhe seja dado um suplemento de vitamina B12, ou um leite de fórmula vegano enriquecido com esta vitamina, cujo excesso no organismo não provoca quaisquer efeitos negativos, sendo eliminado naturalmente. Esta vitamina não se encontra em quantidades suficientes nos alimentos vegetais e a sua carência provoca graves danos a nível do sistema nervoso.
Enquanto o bebé for amamentado, basta que a mãe vegetariana/vegana tome um suplemento de vitamina B12 e/ou ingira alimentos enriquecidos com essa vitamina. Ao amamentar, as vitaminas e os nutrientes que a mãe obtém através da alimentação ou de suplementos, passam para o leite e deste para o bebé.

Outros conselhos:* A higiene é fundamental. Lavar sempre as mãos antes de preparar a comida do bebé. Os utensílios de cozinha devem estar limpos e secos.
* Usar colheres de plástico (as primeiras até são de silicone, que são mais moles do que as de plástico normais), em vez de metal.
* Cortar tudo em pedaços pequenos para que se possa calcular melhor a água. Assim, coze em menos tempo, o que preserva os nutrientes e não se tem que deitar água da cozedura fora, que é onde ficam alguns nutrientes.
* O melhor é usar panela de pressão. Mal comece a ferver, desliga-se o lume e deixa-se ficar a tampa para cozer no vapor, até perder a pressão sozinha sem ter que soltar a válvula. À falta de panela de pressão pode-se cozinhar - com tampa, para conservar o valor nutritivo e não oxidar a comida - em panela inox ou pirex. O alumínio ou o barro não são aconselháveis, pois são altamente tóxicos, e os plásticos devem ter sempre a indicação de que são alimentares (há um símbolo no plástico que indica isso, que é o desenho de um copo e um garfo pequenos).
* Não dar fritos às crianças (sobretudo antes dos 3 anos), o ideal é sempre cozer ou grelhar.
* Pode-se pôr um fio de azeite cru na comida do bebé. É uma gordura saudável.
* Em viagem, ou em situações de emergência, há boiões que os vegetarianos/veganos podem usar. Podem ser dados à temperatura ambiente ou aquecidos em banho-maria (ou em alguns aquecedores de biberões/boiões). Mexer bem depois de aquecido para ficar toda a comida com a mesma temperatura e não dar azo a enganos. Verificar sempre a temperatura antes de dar ao bebé (nas costas da mão ou no pulso da mamã, por exemplo. Um bebé é sempre mais sensível às temperaturas do que um adulto )). Se possível, mudar a comida do boião para o prato, para o bebé não se habituar a boiões e não recusar a comida quando é dada no prato.
* Nunca é demais dizer que é um erro adicionar sal ou açúcar à alimentação, seja nos adultos ou nos bebés, mas muito especialmente nos bebés. Se um bebé for habituado assim desde a nascença, dificilmente adquirirá maus hábitos pela vida fora, o que vai torná-lo num adulto saudável e, claro, mais feliz que muita gente. Os alimentos já têm sal e açúcar naturalmente.
* Também convém não usar molhos e especiarias na comida do bebé - incluindo a canela, que é um estimulante, como o café – porque, além de serem fortes demais para o seu organismo delicado, muitas podem ter propriedades que desconhecemos.
* Um bebé nunca deve estar em ambientes com fumo ou ruidosos, que o prejudicam muito e o fazem muito infeliz. Não se deve fumar numa casa onde haja bebés, mesmo que seja noutro quarto. O fumo espalha-se e as substâncias do cigarro ficam coladas às paredes e aos tectos, mesmo que não cheire. Os bebés são muito sensíveis e, ao inalarem estas substâncias, podem vir a sofrer de problemas graves para toda a sua vida.

Higiene e segurança:Diariamente, faça a higiene do seu bebé. Limpe os seus olhos com compressas embebidas em soro fisiológico (uma compressa para cada olho, não use a mesma nos dois, para prevenir infecções; limpe as orelhas com cotonetes embebidos em soro fisiológico - novamente, não limpe as duas orelhas com a mesma ponta do cotonete. Não meta o cotonete dentro do canal auditivo, é só para limpar por fora.
O nariz do bebé pode ser limpo com soro fisiológico, caso se observe secreções, mas consulte sempre o seu médico. O umbigo deve ser limpo com álcool a 70º, que é mais eficaz que o de 90º, até cicatrizar completamente. Depois de cicatrizar, basta o banho do bebé para que fique limpo. No banho, não se esqueça de lavar muito bem as pregas do corpinho do bebé e, no final, de enxugá-lo muito bem para evitar infecções, com especial atenção ao pescoço, axilas, articulações e pregas nos genitais, que são sítios onde se acumula humidade mais facilmente. Pode usar-se umas gotas de óleo de amêndoas doces no banho para facilitar a hidratação da sua pele delicada.
Corte-lhe as unhas dia sim, dia não, com uma tesoura de pontas redondas, de preferência quando ele estiver a dormir, para ser mais fácil. Se não tiver termómetro para a
banheira, use o seu cotovelo para verificar se a água está boa para o seu bebé. Encha a banheira do bebé primeiro com água fria e só depois com água quente, para evitar acidentes.
Nunca deixe um bebé ou criança sozinho na água, nem nenhum líquido, tanque, balde de limpeza, bacia da roupa, ou poça ao alcance de um bebé ou criança. Os bebés têm a cabeça mais pesada do que o resto do corpo e podem afogar-se até mesmo em pequenas poças da chuva ou da rega das
plantas. Um bebé ou uma criança pequena afogam-se silenciosamente, não fazem nenhum barulho que possa chamar a atenção. Não facilite nunca! As crianças até aos 4 anos de idade não têm noção dos perigos, por isso convém vigiá-las e não se pode esperar que elas sejam "crescidinhas" para saberem o que se pode ou não fazer.

Extraído de: http://www.centrovegetariano.org/Article-441-Como%2Bcuidar%2Bdo%2Bbeb%25E9%2Bvegetariano%253A%2Balimenta%25E7%25E3o%2Be%2Bhigiene.html

COMO EVITAR CÁRIES EM BEBÊS

Isaac com 5 meses e meio
1. Bebês podem ter cárie? Por quê?Podem, sim. A cárie é uma desmineralização do esmalte do dente. Em outras palavras, as bactérias produzem um ácido que ataca o dente, causando manchas e buracos. Logo, assim que o dentinho erupciona e entra em contato com meio externo, pode cariar. Por isso, é necessário levar o bebê a um odontopediatra para fazer toda a parte preventiva, que consiste em aplicação de flúor, limpeza e orientação aos pais sobre a escovação. Outro cuidado importante deve ocorrer ainda durante a gestação: “A mãe deve ter uma boa alimentação, tomar cuidado com infecções e remédios, para evitar a má formação dos dentinhos do bebê”, diz a odontopediatra Lúcia Camilo, da Clínica Dente de Leite (www.clinicadentedeleite.com.br), em São Paulo.

2. O dente pode já nascer cariado?Não. De acordo com a odontopediatra Carolina Steiner (www.carolinasteiner.com.br), de São Paulo, a cárie é uma doença causada por alguns fatores associados, como a associação de bactérias e açúcar, durante certo período de tempo. Assim, as bactérias só conseguem aderir ao dente para formar a placa uma vez que ele já esteja na boca da criança.

3. Faz mal colocar açúcar na mamadeira?Sim. Segundo a odontopediatra Lúcia Camilo, a introdução de açúcar deve ser controlada. “Quanto mais tarde a criança experimentar o açúcar, melhor para a saúde dela”, explica. Claro que, de maneira regrada, não há problema em dar doces às crianças. “Digo a meus pacientes comerem apenas nos fins de semana, e sempre após as refeições e antes da escovação”, conta. “Isso porque a bactéria da cárie usa o açúcar para produzir o ácido que corrói a superfície do dente”, completa Christiana Murakami, especialista e mestre em odontopediatria da clínica Portal do Sorriso (www.portaldosorriso.com), de São Paulo.

4. Mamar antes de dormir é prejudicial à saúde bucal do bebê?Mesmo sem açúcar na mamadeira, se a criança já possui dentinhos, mamar antes de dormir e pular a higienização noturna pode, sim, causar cárie. Isso porque, durante o sono, a quantidade de saliva diminui, o que faz com que restos de leite aumentem a presença de bactérias. “Isso ocorre, inclusive, com o leite materno, pois ele contém um açúcar chamado lactose. Mais um motivo para adiar a introdução do açúcar comum (sacarose) na dieta”, diz Paola Cichovski Ribeiro, especialista em odontopediatria e pacientes com necessidades especiais, da Clínica Machado de Carvalho (www.machadodecarvalho.com). O ideal é, após a alimentação, escovar os dentinhos dos bebês com uma pasta de dentes própria para a idade deles.

5. Cárie em dente de leite tem tratamento?Sim. Há crianças que tratam até canal para evitar a extração do dente. O tratamento pode ou não ser doloroso, dependendo da profundidade da cárie. Por isso, alguns profissionais preferem sedar a criança. Também existe a possibilidade de utilizar um anestésico local. Tudo dependerá da análise do dentista. “É importante lembrar que, quanto mais cedo for diagnosticado o problema, mais simples e rápido será o tratamento”, diz a odontopediatra Paola Cichovski Ribeiro. A saber: a odontologia moderna se vale do laser para a remoção de cárie, além de um produto na forma de gel, utilizado na odontopediatria, que é capaz de amolecer a parte infectada do dente pela cárie, o que torna o tratamento menos traumático para a criança.

6. Como evitar o problema?A odontopediatra Lúcia Camilo indica higienizar os dentes sempre após as refeições “É importante ter uma rotina, com horários que facilitam a limpeza para a mãe. Por exemplo, de manhã, após o café, depois do almoço, do lanche da tarde e do jantar”, sugere. Nessa fase, a criança não consegue fazer a higienização sozinha, então é importante o auxílio da mãe na escovação. Tente tornar essa tarefa um momento divertido. “Conte histórias, cante musiquinhas... Faça com que a escovação seja agradável”, diz Lúcia. “Evitar o contato salivar com pessoas que têm cárie, como o compartilhamento de colheres, também é importante”, explica Paola Cichovski Ribeiro, especialista em odontopediatria. Ainda: após o consumo de antibióticos e alimentos pastosos e consistentes, como bolachas recheadas e iogurtes, é preciso escovar os dentes. De acordo com , Christiana Murakami, dentista especializada em crianças, a maioria dos antibióticos possui açúcar e gruda nos dentes se não for removida. “Além disso, pirulitos, balas e chicletes, que demoram, em média, cinco minutos ou mais para serem consumidos, são cariogênicos, já que promovem um tempo de contato prolongado do açúcar com os dentes”, explica.

7. Como deve ser a limpeza da boca da criança? Com qual frequência?Sempre após as refeições. Se a criança fizer cinco refeições diárias, deve escovar os dentes cinco vezes, como qualquer adulto, sendo a última a mais importante. O passo a passo é fácil: um movimento circular na parte de fora e de dentro do dente e na gengiva. Na parte da frente, são indicados movimentos de vai e vem e também de cima para baixo e de baixo para cima. Para tornar esse momento divertido, a odontopediatra Christiana Murakami indica apelidar os movimentos de bolinha (circular), trenzinho (vai e vem) e vassourinha (de cima para baixo e de baixo para cima).

8. É preciso escovar a língua do bebê?Sim. E, se os dentes dele forem juntinhos, é importante passar fio dental. “Existem alguns produtos próprios para as crianças, com sabor”, diz a odontopediatra Lúcia Camilo, da Clínica Dente de Leite, em São Paulo. Em tempo: quando o bebê só tem os dentes da frente, a higienização pode ser feita com o auxílio de uma dedeira de silicone ou gaze embebida em água filtrada, friccionando-a pela frente e por trás dos dentes. Quando o pequeno já tem os dentes posteriores, é necessário o uso de uma escova dental pequena e macia.

9. A pasta de dente deve ser especial?Deve. Para as crianças de até 3 anos de idade, ela deve ser sem flúor ou com até 1100 ppm do componente (atenção, pois as pastas de adultos possuem de 1450 a 1500 ppm, quantidade que não é considerada segura para crianças). Entenda: o flúor fortalece o dente, mas, em crianças muito pequenas, que não conseguem cuspir por não terem o reflexo motor muito desenvolvido, pode causar a fluorose dental, ou seja, manchas esbranquiçadas nos dentes permanentes. “Assim que o bebê aprender a cuspir, deve começar a usar pasta com flúor para se beneficiar dos efeitos dele”, diz Carolina Steiner. “Coloque o tamanho de um grão de arroz na escova e passe-a delicadamente pelos dentinhos para não machucar”, diz Lúcia Camilo. Vale lembrar que o creme dental é um medicamento, por isso não deve ser deixado ao alcance da criança para prevenir sua ingestão.

10. Como perceber se o meu filho está com cárie? Apenas quando ele chora de dor?Não. Quando a criança se queixa de dor de dente, é porque a situação já está grave. Por isso, é importante observar diariamente os dentinhos.
O primeiro sinal da cárie é o aparecimento de manchinhas esbranquiçadas ou pontos escuros, indolores. O mau hálito também é um sintoma. “Muitos pais deixam para ir ao consultório tardiamente, alegando que a criança não se queixava de dor. O certo é ter um acompanhamento a partir dos 6 meses de idade”, alerta a odontopediatra Carmem Silvia.

11. Qual a frequência com que o bebê deve ir ao dentista?As especialistas são unânimes: a cada seis meses, desde que a criança tenha uma boa higiene e escove os dentes após as refeições. Caso contrário, a visita deve ser a cada dois meses.

12. Veja os hábitos do bem, que protegerão seu filho de cárie.- Escovar os dentes após todas as refeições;
- Usar fio dental;
- Proporcionar uma alimentação saudável, sem abuso de doces;
- Incentivar o consumo de maçã e cenoura cruas, além de frutas, legumes e verduras, em geral;
- Fornecer alimentos que estimulem o bebê a mastigar;
- Oferecer água e sucos naturais de frutas não ácidas, sem a adição de açúcar (como melão e melancia);
- Levar o bebê periodicamente ao dentista para fazer a prevenção (aplicação de selante, caso necessário, limpeza, aplicação de flúor e orientação aos pais);
- Dar o exemplo da boa higienização bucal em casa;
- Garantir a boa saúde oral das pessoas que convivem com o bebê a fim de evitar o contágio da doença;
- Fazer a transição da mamadeira para o copinho, assim que o bebê tiver coordenação motora para isso.

13. Confira os hábitos do mal, que devem ser evitados a todo custo.Os especialistas também listaram os hábitos nocivos:
- Incluir açúcar na mamadeira e no chá ou oferecer refrigerante;
- Abuso de doces;
- Falta de escovação;
- Pular a visita ao dentista;
- Dar beijo na boca da criança ou compartilhar colheres com ela. Isso pode passar bactérias e deflagrar uma cárie;
- Só dar alimentos líquidos ao bebê, mesmo quando ele já tem dentes.

14. A chupeta tem alguma relação com cárie?De acordo com a odontopediatra Lúcia Camilo, a chupeta não oferece risco de cárie desde que esteja sempre limpa. Porém, para não desencadear outros problemas na dentição infantil, é preciso usar com cautela, apenas nos momentos realmente necessários. Além disso, ela não deve ser compartilhada. Se cair no chão, por exemplo, jamais deve passar pela boca de outras pessoas para “limpar”. “Esse hábito favorece a transmissão de bactérias. A chupeta deve ser lavada e devolvida à criança”, indica.
Além disso, segundo a odontopediatra Paola Cichovski Ribeiro, o contágio também pode acontecer por contato indireto, por meio do uso comum de utensílios domésticos (garfos, colheres, copos a canudos) e também no ato de assoprar ou provar a comida do bebê.

15. Além de cárie, que outros problemas dentários as crianças de até 3 anos podem apresentar?Os problemas podem ir desde mordidas cruzadas até traumas nos dentes por batidas, além de quebras por queda.