domingo, 24 de abril de 2011

O QUE É NORMAL NO COCÔ DO SEU FILHO

O que é normal?
Inspecionar o cocô da criança com toda a atenção do mundo (e cheia de perguntas) é uma das marcas registradas das mães. Vira até um dos principais assuntos das conversas. Você não imaginava como esse assunto um dia ia lhe interessar tanto, imaginava?
Saber o que é normal e o que não é tranquiliza os pais, principalmente os de primeira viagem. Tudo vai depender da idade da criança, se ela mama no peito ou não, e se ela já come outro tipo de alimento. O cocô do bebê passa por várias mudanças durante o primeiro ano, e logo você já vai saber direitinho o que é normal para seu filho.
Não existe uma frequência certa para o bebê fazer cocô. Nos primeiros meses, a frequência depende do que ele mama -- leite materno ou fórmula industrializada. Bebês que mamam exclusivamente no peito podem tanto fazer cocô quatro vezes por dia como uma vez a cada três dias -- ou alguma coisa no meio termo. Não é preciso se preocupar, desde que as fezes estejam pastosas e não causem dor. Os bebês que tomam fórmula de leite têm um pouco mais de tendência a ter prisão de ventre, por isso o ideal é que façam cocô todos os dias. Se o seu filho não estiver fazendo, preste atenção se ele está com desconforto e converse com o médico.
Nos primeiros dias depois do parto, o bebê vai fazer um cocô bem esquisito: preto esverdeado, melecado, o chamado mecônio. Trata-se de um material que se acumulou no intestino do bebê durante a gravidez. Depois dessa primeira fase, o cocô pode assumir cores e consistências variáveis -- às vezes é amarelo-ovo com grumos, às vezes é amarelo com grânulos verdes. Essa variação é absolutamente normal. O cocô tem cheiro, sim, mas não chega a ser um odor característico de fezes e não deve incomodar muito.

Como é o cocô da criança que toma fórmula de leite? Quando o bebê mama leite em pó, o cocô é amarelo claro ou marrom amarelado, e mais sólido que as fezes do bebê amamentado, já que a fórmula do leite em pó não fica tão digerida quanto o leite materno.
Crianças que tomam esse tipo de fórmula normalmente precisam fazer cocô todos os dias, porque, como as fezes são mais sólidas, elas incomodam se se acumulam no intestino. Quanto mais tempo elas ficarem lá, mais ressecadas e duras ficarão, na chamada
constipação ou prisão de ventre. Fale com o pediatra se seu filho apresentar esse problema.
E da criança amamentada no peito? O cocô de bebês amamentados é bem diferente do cocô de crianças que tomam fórmulas de leite. O colostro, aquele primeiro leite meio transparente que aparece logo depois do parto, funciona como uma espécie de laxante, ajudando a criança a eliminar o mecônio. Quando o leite em si "desce", depois de cerca de três dias, o cocô do bebê começa a mudar, assumindo uma cor amarelo vivo, cor de gema de ovo, com um cheiro meio doce. A consistência varia: pode ser viscoso, com uns grãozinhos, ou com aspecto coalhado.
Na segunda semana depois do nascimento, as fezes podem ficar mais líquidas e amarelas, o que até assusta os pais, que acham que se trata de diarréia. É na verdade um cocô de "transição" entre o mecônio e o cocô da amamentação.
No começo, pode ser que o bebê faça cocô durante cada mamada -- ou logo depois dela --, mas logo você vai notar uma regularidade, para prever o momento ideal de fazer a troca de fralda. Essa rotina pode mudar de tempos em tempos, por exemplo quando ele começar a comer
outros tipos de alimento, quando ficar doente ou se começar a espaçar mais as mamadas.
Preciso tomar algum cuidado especial para passar do leite materno para a fórmula de leite em pó? Caso a mudança seja mesmo necessária, faça a transição devagar, ao longo de pelo menos 15 dias, a menos que seja impossível. Com a mudança gradual, o sistema digestivo do bebê terá mais tempo de se adaptar e evitar a prisão de ventre, e ao mesmo tempo suas mamas vão se acostumando à redução da demanda, para não ficarem cheias e doloridas depois. Quando o bebê estiver totalmente adaptado ao leite em pó, o cocô dele pode mudar completamente, tanto no aspecto quanto na frequência.
O que não é normal?
Diarréia: O cocô fica muito líquido, quase água, e a frequência aumenta. Bebês amamentados no peito correm menos risco de ter diarréia em comparação a bebês que tomam fórmula de leite, porque o leite materno inibe a proliferação dos microorganismos que causam o problema.
Bebês que tomam leite em pó ficam mais sujeitos a infecções, por isso é vital
esterilizar mamadeiras ou copinhos e sempre lavar bem as mãos. A diarréia pode acontecer devido a uma infecção viral ou bacteriana, ao consumo excessivo de frutas ou suco ou como reação a um remédio. A introdução de novos alimentos e a alergia também podem provocar diarréia. Na época em que os dentes nascem, o cocô também pode ficar mais líquido.
Uma diarréia que não melhore sozinha em um ou dois dias indica que há algum tipo de infecção, portanto é necessário procurar o médico.
Prisão de ventre: A constipação verdadeira não é só o bebê ficar todo vermelho, fazendo muita força, quando vai fazer cocô. Entre os sintomas estão extrema dificuldade em defecar, cocô com aspecto de pedrinhas, dor abdominal, enrijecimento da barriga, irritabilidade e às vezes presença de sangue nas fezes, por causa de fissuras anais (pequenas rachaduras na pele do ânus), provocadas pela passagem do cocô ressecado. Bebês que mamam no peito têm menos propensão à prisão de ventre que crianças que tomam fórmula, já que o leite materno funciona como um regulador intestinal.
Sempre consulte o pediatra se seu filho estiver com prisão de ventre, e especialmente se você observar sangue nas fezes. Ele provavelmente orientará você a aumentar a ingestão de líquidos do bebê, e a acrescentar mais fibra na alimentação dele, se ele já estiver comendo outros alimentos (dando mais mamão ou ameixa, por exemplo).
Cocô verde: Se as fezes do bebê estiverem verdes e meio espumosas, é possível que ele esteja recebendo lactose demais. Isso acontece quando a criança mama com frequência no seio, mas não chega a tomar o leite posterior, mais rico em calorias, que vem no fim da mamada. A persistência do cocô verde também pode ser causada pelo fato de o bebê estar mamando demais ou de menos, ou pode indicar a presença de um vírus. Mas pode ser também apenas indicação da variação no tempo de trânsito intestinal, ou seja, não é preocupante se ocorrer uma vez ou outra.
Para evitar que isso aconteça, deixe que o bebê esvazie bem um seio antes de oferecer o outro. Se o cocô continuar bem verde por mais de 24 horas, converse com o pediatra para tentar descobrir a fonte do problema. Pode ser uma sensibilidade a algum alimento ou a um remédio, ou então serão necessários ajustes na rotina de amamentação.
Sangue nas fezes: Traços de sangue no cocô do seu bebê podem aparecer se ele estiver com prisão de ventre, e a passagem das fezes causar fissuras na pele do ânus. Mas sempre consulte o pediatra no caso de encontrar sangue, para descartar qualquer outra possível causa, como a alergia ao leite de vaca (mesmo que o bebê mame apenas no peito, já que a mãe consome o produto).

segunda-feira, 18 de abril de 2011

3º MÊS DE VIDA - GRANDES MUDANÇAS E MUITAS ALEGRIAS

Cabeça para cima Durante este mês, o bebê poderá conseguir levantar a cabeça quando estiver de barriga para cima e mantê-la assim por vários minutos. Se ele estiver sentado com apoio, poderá ficar com a cabeça firme e erguida. Ao deitar de bruços, levanta a cabeça e o peito como se estivesse fazendo miniflexões. Você pode praticar com ele sentando à sua frente e agitando um brinquedo em um nível mais alto.
Melhor coordenação de braços, pernas e mãos
Nesta etapa, seu filho é capaz de balançar os braços e as pernas. À medida que os ligamentos do quadril e joelhos tornam-se mais flexíveis, os chutes ficam mais fortes. E, se você segurar a criança com os pés no chão, ela vai fazer força para empurrar o chão.
O bebê consegue unir as mãos e abrir os dedos, porém provavelmente usará a mão fechada para bater em objetos acima de sua cabeça (é claro que o fato de conseguir tocar um brinquedo ou outro objeto já é uma grande conquista). Auxilie no desenvolvimento das mãos de seu filho segurando um brinquedo à distância para ver se ele tenta pegá-lo. Para variar os estímulos, deixe-a numa posição mais levantada, sempre com encosto: levante um pouco o carrinho ou a coloque no bebê conforto, para que ela veja o mundo a sua volta.
O sono começa a se ajustar A partir de agora, os pais exaustos pela falta de sono poderão ter alguma folga.
Entre 3 e 4 meses, os períodos de sono do seu bebê começam a se definir. Nesta idade, muitos bebês já podem até dormir a noite toda, embora ainda acordem esporadicamente para mamar. Algumas crianças ainda demoram mais uns bons de três a seis meses para dormir a noite inteira (e por "dormir a noite inteira" entenda geralmente apenas seis horas por vez), então não se surpreenda se o seu bebê for uma delas.
Reconhecimento da mãe e do pai Até os 3 meses ou provavelmente antes disso, o bebê terá um elo com você e estará familiarizado com o seu rosto. Ele ainda poderá sorrir para estranhos, especialmente se o encararem ou lhe dirigirem a palavra. Só que agora o bebê começa a distinguir quem é quem em sua vida e definitivamente dará mostras de preferência. Os mais precoces podem começar a já demonstrar estranhamento com pessoas que não conhecem, mas em geral isso ocorre mais tarde.
O lobo parietal, a parte do cérebro que rege a coordenação visomotora, entre os olhos e a mão, e permite que uma pessoa reconheça objetos, está agora se desenvolvendo rapidamente. E o lobo temporal, que auxilia na audição, na linguagem e no olfato, também se tornou mais ativo. Assim, quando o bebê ouvir a sua voz, pode olhar diretamente para você, começar a emitir sons e tentar falar também (e até "cantar").
Hora da leitura Ler para uma criança, não importa de que idade, é sempre benéfico. A leitura ajuda a desenvolver o ouvido para a cadência da língua -- aliás, variar o tom da voz, usar sotaques ou cantar torna o laço auditivo entre você e seu filho muito mais estimulante. Não se preocupe se ele olhar para os lados ou perder a concentração, somente ajuste o estímulo tentando outra coisa ou fazendo uma pausa. Coordene as interações de acordo com as respostas e o interesse do bebê.
Há uma série de bons livros para ler para seu filho . Escolha alguns com desenhos grandes e coloridos e texto simples ou até mesmo livros sem texto com ilustrações para você mesmo contar histórias.
Você não precisa ficar seguindo recomendações de leitura por idade, já que livros para crianças maiores, desde que tenham boas imagens e cores fortes, também podem conquistar um bebê. Até poesia para adultos vale, porque, mesmo sem compreender, seu filho gostará da sonoridade dos versos (e você também vai se divertir!).
Desenvolvimento inicial da linguagem Este é um momento delicado, em que o estímulo verbal é especialmente importante para seu bebê. Aproveite e use muitas palavras e sons. Pesquisas recentes ligam níveis mais altos de inteligência a quantas palavras uma criança ouve no primeiro ano de vida. É hora de criar fundações sólidas para o futuro. Até uma ida ao supermercado vira uma boa oportunidade para estimular seu bebê -- ao passar pelos corredores, aponte objetos e os identifique pelo nome. O bebê ainda não consegue repetir as palavras, mas estará armazenando todas as informações na memória, que se desenvolve rápido.
Um bebê nascido em um lar bilíngue terá o dobro de treinamento se ouvir regularmente as duas línguas. Se a idéia é que ele aprenda mais de uma língua, então pai e mãe devem cada um falar com o bebê no seu próprio idioma.
Toque mais sensível Estimule o tato de seu filho com diferentes materiais, como pelúcia, papel higiênico, feltro e tecidos texturizados, ou use livros em que o toque faça parte da experiência de leitura. Tocar, segurar e massagear o bebê são ótimas maneiras de relaxá-lo e podem até aumentar a capacidade de estar alerta e de manter a atenção.
Interação com outras pessoas Bebês costumam reagir à própria imagem no espelho sorrindo (eles adoram se olhar) e podem parar de chupar o dedo ou sugar uma mamadeira para ouvir a voz materna. Ao emitir sons e descrever até mesmo a coisa mais trivial que se faz em casa, você não somente está aumentando sua ligação com o bebê como também o encorajando a se expressar. Com os outros, seu filho está começando a ficar mais animado, chegando a sorrir e balbuciar sons. Quando estiver com amigos, mantenha seu filho por perto para que ele preste atenção na riqueza das interações humanas.
Será que o desenvolvimento do meu filho é normal? Lembre-se, cada bebê é de um jeito e atinge os marcos de desenvolvimento físico no seu próprio ritmo. O que apresentamos são apenas referências das etapas que seu filho tem potencial para alcançar - se não agora, em pouco tempo.
Caso seu bebê tenha nascido prematuro, você provavelmente vai notar que ele leva um pouco mais de tempo para fazer as mesmas coisas que outras crianças de idade similar. Não se preocupe, a maioria dos médicos avalia o desenvolvimento de um prematuro pela idade corrigida, contando a partir da data que era prevista para o nascimento, e acompanha seu progresso levando isso em conta.
Em caso de dúvidas sobre o desenvolvimento do seu filho, converse com o pediatra

DESENVOLVIMENTO DO BEBÊ DE 3 MESES

Seu filho consegue manter a cabeça erguida para ver o que está acontecendo à sua volta? Aos 3 meses, muitas crianças já tem maior flexibilidade nas articulações e passam a acenar e dar chutes com mais força, além de abrir os dedos e juntar as mãozinhas.
Alguns bebês não acordam mais para mamadas no meio da noite, dando aos felizardos pais a chance de redescobrir o sono. Mesmo que seu filho ainda precise mamar durante a noite, a esta altura ele já deverá dormir por mais horas seguidas. Isso não é regra, contudo, e algumas crianças continuam a ter dificuldades para dormir. Caso não tenha uma rotina para a hora de dormir, pense na possibilidade de adotar uma.
É provável que seu filho ainda distribua sorrisos para todos que conhece, mas essa simpatia toda está para mudar. Em breve, em meio a grupos maiores ou entre estranhos, o bebê poderá precisar de mais tempo para se adaptar e se soltar.
O lobo temporal do cérebro do bebê, que lida com a audição, a linguagem e o olfato, está em grande atividade. Aproveite para conversar bastante, tocar músicas e ler em voz alta para ele.
Bebês adoram ser tocados. Na verdade, eles precisam disso para seu crescimento e desenvolvimento. O contato da pele não somente ajuda você e seu filho a criarem vínculos como também é reconfortante para ele nos momentos em que está nervoso ou irritado. Experimente fazer uma massagem gostosa nele.
Estimule o tato do seu filho brincando com uma série de materiais, como toalhas felpudas, bichinhos de pelúcia ou feltro. O bebê provavelmente vai querer colocar qualquer coisa na boca, por isso escolha com cuidado e nunca deixe a criança sozinha com algum material que possa se despedaçar. Procure ter livros com objetos que também possam ser manuseados.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

QUEM AMA EDUCA - COMO DIZER NÃO AO SEU FILHO DE 0 A 7 ANOS

Bebês são curiosos, querem mexer em tudo e muitas vezes se colocam em perigo, principalmente quando aprendem a dar os primeiros passos. Imagine seu pequeno mexendo no fogão, na tomada, nos fios... Dá até arrepios, não? E, por mais que você o repreenda, ele volta a tocar onde não deve. Por isso, é preciso fazê-lo compreender a ordem “não pode”. Nesse ensinamento, sua linguagem corporal e tom de voz são extremamente importantes. Veja como acertar, com as dicas da Supernanny brasileira, a Cris Poli, e de outros especialistas.
Desde o nascimento, tudo que ocorre à volta do bebê é registrado como aprendizado. Mas regras e disciplina só começam a ser entendidas e interpretadas depois dos 2 anos de idade. “Até essa faixa etária, os pais precisam ter muita paciência e repetir as ordens diversas vezes, até que a criança incorpore o conceito. Não é fácil, leva tempo”, explica a educadora Cris Poli, a Supernanny brasileira, da rede de televisão SBT.
De acordo com Jo Frost, a Supernanny americana e autora do livro Superbabá, da Editora Seoman, a partir dos 2 anos a criança já é capaz de compreender, mas sua memória é limitada. Por isso, a repetição ainda é necessária. “Nervosismo não resolve em nada o mau comportamento. Claro que é preciso definir limites, mas o segredo é a maneira de falar”, garante. Entenda a evolução dos pequenos na assimilação das regras e saiba como discipliná-los corretamente:
O APRENDIZADO EM CADA FASE:Até 2 anosAntes dessa idade, é muito difícil estabelecer uma disciplina, mas você pode e deve chamar a atenção do bebê sobre as coisas que ele deve ou não fazer. “Use um tom de voz firme e baixo para dizer ‘não’, acompanhado de uma breve explicação, como ‘isto está quente’”, indica Jo Frost, em seu livro.
De 2 a 3 anosA criança já entende o “não”, porém sua capacidade de reter informações é restrita. Por isso, você precisará reforçá-las. Nessa idade, já é possível aplicar as regras de disciplina, que explicaremos adiante.
De 3 a 5 anosÉ a fase da teimosia porque os pequenos estão descobrindo o mundo e querem mexer em tudo. Para lidar com esse momento, você deve ter em mente duas coisas: não mude suas regras por causa do seu filho. Sempre que o pegar no pulo fazendo algo inadequado, corrija na hora. Não espere para conversar depois, pois ele não conseguirá associar a atitude errada à sua queixa.
Acima de 5 anosVocê precisará ter jogo de cintura porque a criança, já grandinha, passa a compreender perfeitamente as ordens dos pais e tende a testar seus limites, desobedecendo mesmo. O intuito é chamar sua atenção. Aplique as regras de disciplina.
Tudo tem limite E é preciso que você os defina desde cedo. A criança deve entender até onde pode ir.
Não pode mexer nas coisas...
O “não pode” deve existir desde a primeira infância, quando o bebê toca um objeto que outra pessoa segura, por exemplo. Aos poucos, ele associará atitudes erradas a mudanças no seu tom de voz e, naturalmente, passará a evitar comportamentos que provoquem essa alteração.
Basta dizer “não pode mexer” e afastar a mão da criança. “A ordem deve ser firme, mas não agressiva”, explica a psicóloga Maria Teresa Reginato, de Atibaia, no interior paulista. À medida que ela crescer, é importante que você esclareça o motivo da bronca, empregando expressões como: porque queima, porque dói e porque quebra. “Ensinar em casa evita que seu filho reproduza os maus modos na casa dos outros”, avisa Cris.
Não pode morder, bater, empurrar, puxar o rabo do cachorro...Toda criança passa pela fase de morder, empurrar e provocar os animais. É necessário orientá-la também a respeito dessa conduta. “Abaixe-se, para ficar na mesma altura que a criança, coloque as mãos em seus ombros e olhe fixamente nos olhos enquanto fala ‘não pode, assim você machuca”, ensina Maria Teresa. Não adianta gritar de longe. A voz deve ser baixa, porém segura.
Reclamação na escolaA agenda da escola estampa uma bronca da professora? Leia a queixa na frente da criança e pergunte o que aconteceu. Depois de entender o motivo que a levou a bater no coleguinha, por exemplo, discipline-a, explicando que essa reação não é adequada.
Regras de disciplina
Condicione-se a empregar, sempre, um tom de voz de autoridade e outro de aprovação. Se essa estratégia falhar, o jeito é apelar, definindo um cantinho para o castigo, onde o pequeno deverá refletir sobre o mau comportamento.
Voz da autoridadeRecorra a ela sempre que a criança fizer algo errado:
1. Aproxime-se e não grite do outro lado da sala. Seu tom de voz deve ser baixo e firme.
2. Abaixe-se à altura dela, para não intimidá-la.
3. Olhe nos olhos. Dessa maneira, ela não conseguirá lhe ignorar.
4. Não ranja os dentes nem faça ameaças.
5. Caso ela tente desviar o olhar, diga “olhe para mim”. Segure-a –sem machucar, obviamente – pelos braços para que ela não saia.
6. Deixe claro que você não está brincando.
7. Peça sempre “por favor” e explique da maneira mais clara possível que ela não pode repetir o erro. Por exemplo: “Bater nos outros é inaceitável. Não quero mais que você faça isso, por favor”.
Dicas:
- Não negocie. Fale e peça, sem gritar.
- Não faça promessas nem ofereça opções a uma criança pequena: “Você poderá comer o biscoito se comer o arroz com feijão”. Frases como essa só farão com que o pequeno tente negociar, provocando desgaste.
- Se a criança gritar com você, não responda com outro berro.
Voz da aprovaçãoDiante de um comportamento exemplar, o reconhecimento é igualmente importante:
1. Para elogiar, a voz deve ser alta, aguda e animada.
2. Vale bater palmas e até soltar gritinhos.
Castigo educa“Esse método ensina a criança a refletir sobre o que havia sido combinado com os pais, interrompe o mau comportamento e induz o adequado. Acredito nele porque funciona”, ressalta Cris. Então, quando a voz da autoridade não funcionar...
1. Mande-o para o cantinho da disciplina, sempre justificando a razão. “Deixe-o lá por um tempo correspondente a um minuto por ano de idade”, aconselha Cris.
2. Caso ele saia, coloque-o lá novamente e esclareça novamente o motivo.
3. Após cumprir o castigo, oriente a criança a pedir desculpas.
4. Assim que ela se desculpar, dê beijos e abraços.
5. Esqueça o assunto e aja como se nada tivesse acontecido.
A técnica do envolvimentoAs crianças querem atenção o tempo todo. Quando você não dá, elas tendem a aprontar. É aí que você pode lançar mão de um truque: a técnica do envolvimento, que nada mais é do que incluir seu filho nas suas atividades, como as tarefas domésticas. Elas são interessantes para os pequenos. Ajudar a dobrar um lençol e usar um miniespanador ou uma minivassoura são maneiras de participarem e se sentirem úteis.
Pegue leveSabe quando você fala mil vezes para seu filho não mexer naquele vaso que fica em cima da mesa porque ele pode quebrar e não adianta? Se a peça finalmente espatifar, certamente ele começará a chorar e se mostrará arrependido.
Caso isso ocorra, não aplique nenhuma punição. Se a criança pedir desculpas sinceras, significa que já aprendeu a lição. A única coisa que você deve fazer é explicar por que isso aconteceu, lembrá-lo das regras e pronto. Sem broncas!
Persista, pois você vai conseguir!

Educar uma criança não é fácil, requer muita paciência, determinação e dedicação. Principalmente no período da primeira infância – de 0 a 7 anos – em que a personalidade se consolida É importante passar um tempo diário com seu filho. “Converse com ele, explique os motivos das proibições”, recomenda Maria Teresa. Por fim, o mais importante é ter paciência. “O segredo é tentar sempre evoluir nesse quesito, acompanhando o crescimento e o amadurecimento dos filhos, com dedicação e amor, muito amor”.

terça-feira, 12 de abril de 2011

COMO CORTAR A UNHA DO BEBÊ SEM LEVAR O DEDO JUNTO

Geralmente os recém-nascidos têm as unhas dos dedos frágeis e flexíveis, mas que podem machucar o bebê. Os bebês ainda não possuem controle dos braços, das mãos e dos movimentos dos dedos. Unhas ásperas ou mais longas que os dedos podem causar arranhões nos olhos e na pele do bebê. Nos primeiros dias, evite cortar as unhas deles, porque elas são flexíveis demais e é muito fácil causar um sangramento.
Se não estiver muito calor, você pode colocar luvinhas ou até meias nas mãos do bebê. Com o passar dos dias as unhas ficam um pouco mais rígidas, e será mais fácil apará-las. Mas isso sempre terá de ser feito com muito cuidado. As unhas das mãos crescem tão rápido que você pode ter de cortá-las mais de uma vez por semana. As dos pés exigem menos frequência.
O jeito mais fácil de aparar a unha do bebê é simplesmente tirar o excesso com as mãos. Elas são tão molinhas que o excesso sai sem resistência. Ou você pode usar tesouras ou cortadores de unha especiais para bebê, com pontas arredondadas. Por mais que as mães fiquem aflitas na hora de cuidar das unhas do bebê, esta é uma das atividades mais importantes para a saúde dos pequenos, pois, quando as unhas estão cortadas, as sujeiras não acumulam por baixo delas, o que pode evitar algum tipo de infecção, já que as crianças levam a mão na boca toda hora.
Pode ser que seja mais fácil executar a operação com a presença de dois adultos: um segura o bebê, para que ele não se mexa demais, e o outro corta a unha. (você também pode tentar cortar as unhas do seu filho quando ele estiver mamando ou dormindo.) Pressione para baixo a ponta dos dedos dele para diminuir o risco de pegar a pele, e segure firme a mão do seu filho enquanto corta.
As unhas são tão pequenas que é difícil cortá-las de forma arredondada, para que os bebês não se arranhem com os cantinhos.
Um truque é fazer esses pequenos aparos "roendo" as pontinhas das unhas do bebê. Sua língua é muito mais sensível que qualquer tesoura, e o bebê não vai reclamar de colocar a mãozinha na sua boca. Pode parecer meio animalesco, mas funciona! Depois de executada a tarefa, lave as mãos do bebê.

MÉTODOS CONTRACEPTIVOS PARA A MULHER QUE AMAMENTA

Assim que se pensa em retomar a atividade sexual depois que o bebê nasce, é preciso decidir algum método contraceptivo, para evitar uma nova gravidez logo em seguida.
Mesmo que você queira ter mais filhos, os médicos recomendam esperar pelo menos seis meses entre duas gestações, para que o corpo se recupere.
A amamentação exclusiva pode até ter algum efeito contraceptivo, já que a mulher às vezes nem menstrua, mas é um método nada confiável, porque você nunca sabe quando a primeira ovulação pode acontecer.
Pode ser que você tenha de tentar mais de um método para ver qual é o melhor para você. Cada organismo é de um jeito e as reações são diferentes dependendo da pessoa. Informe-se no posto de saúde mais próximo ou em farmácias populares, porque, dentro do Plano Nacional de Planejamento Familiar, há distribuição gratuita de alguns dos métodos abaixo, ou venda por preços bem menores que nas farmácias normais (a disponibilidade varia bastante também de acordo com outros programas de governos estaduais e municipais).
Veja abaixo as opções de métodos para quem está amamentando.
Preservativo A camisinha é um bom método, porque impede que os espermatozoides entrem na vagina. Não interfere na amamentação, não tem efeitos colaterais e ainda evita outras doenças sexualmente transmissíveis. Pode também servir como uma opção temporária, enquanto você não decide qual método mais permanente quer usar.
Camisinha masculina: É a mais conhecida. Pode ser usada em conjunto com um gel lubrificante à base de água, para facilitar a penetração nas primeiras vezes depois do parto. Existem camisinhas que já vêm com lubrificação. Nunca use duas camisinhas, uma em cima da outra. Em vez de reforçar a proteção, isso facilita que o preservativo rasgue.
Camisinha feminina: Menos conhecida, mas você pode experimentar para ver o que acha. Ela é um pouco mais cara que a masculina, e mais difícil de encontrar. É composta por dois anéis e um tubo de poliuretano. Um anel flexível fica no fundo da vagina, e outro do lado de fora (por isso alguns a consideram antiestética). Protege também contra doenças sexualmente transmissíveis.
Há quem diga que ela é útil porque dá poder à mulher: se o parceiro se recusar a usar preservativo, ela diz que então ela vai usar. Muitas vezes isso já é suficiente para convencer o parceiro a pôr a camisinha.
Pílula anticoncepcional Para quem amamenta, a indicada é a pílula de progesterona de uso contínuo. É tão eficiente quanto a pílula tradicional. A diferença é que ela só contém progestágeno, hormônio sintético semelhante à progesterona, enquanto a tradicional tem uma combinação de estrogênio e progesterona. O estrogênio não é adequando para quem amamenta.
Esse método também pode ser usado por mulheres que não estão amamentando. Ele inibe a menstruação, por isso há mulheres que não menstruam quando tomam esse tipo de pílula. Já outras têm pequenos sangramentos por longos períodos.
Deve começar a ser tomada seis semanas depois do parto, quando a produção de leite já está bem estabelecida. Algumas mulheres sentem diminuição da libido ou outros efeitos colaterais. Converse com seu médico.
Injeção de progesterona
A injeção de progesterona (Depo-Provera) é um método eficiente para quem amamenta, e tem a vantagem de eliminar o problema do esquecimento de tomar as pílulas todos os dias. É tomada uma por mês ou uma vez a cada três meses, e pode ser usada tanto pela mulher que amamenta como pela que não dá o peito. A primeira injeção pode ser tomada seis semanas depois do parto, quando a produção de leite já está firme.
A injeção pode inibir a menstruação. A desvantagem do método é que a fertilidade pode demorar a voltar, portanto ele não é indicado para quem pretende engravidar em até um ano. Há mulheres que reclamam de ganho de peso. É um método considerado mais barato.
Diafragma
O diafragma é uma espécie de "tampa" que se coloca no colo do útero antes de manter uma relação sexual. Ele é mais eficiente quando usado junto com algum tipo de espermicida. Precisa ser encomendado no consultório do ginecologista, pois é preciso medir o tamanho do colo do útero.
Como é um método de barreira, não interfere na amamentação nem causa efeitos colaterais, mas por outro lado não protege contra doenças sexualmente transmissíveis.
O diafragma é reutilizável, e não descartável. Você lava após o uso e guarda para utilizar de novo depois.
DIU com ou sem hormônio
O DIU (dispositivo intrauterino) é um pequeno instrumento em forma de T que é inserido pela vagina dentro do útero, e impede a passagem dos espermatozoides para as tubas uterinas, onde costuma acontecer a fecundação.
É um método eficiente e duradouro (fica lá por anos), mas relativamente caro, que pode ser usado tanto por mulheres que amamentam como por mulheres que não amamentam. Existem dois tipos de DIU:
DIU sem hormônio: o dispositivo funciona apenas como barreira. Normalmente é revestido de fios de cobre. Pode ter duração de entre três e dez anos.
DIU com hormônio: o dispositivo funciona como barreira e ainda libera doses pequenas de progesterona, funcionando mais ou menos como a pílula de uso contínuo (leia acima), mas com menos efeitos colaterais porque a ação do hormônio é local, no útero. A menstruação pode desaparecer ou pode haver sangramentos irregulares. Dura até 5 anos (vendido sob o nome Mirena).
Entre as vantagens dos dois tipos de DIU estão a longa duração e o retorno rápido da fertilidade, quando eles são retirados. As desvantagens são o alto investimento que tem de ser feito de uma vez só, as alterações no ciclo menstrual e a piora das cólicas (no caso do DIU sem hormônio).
O DIU pode ser inserido no consultório do ginecologista ou no hospital, com anestesia, dependendo da preferência do médico. A colocação sem anestesia é um tanto dolorosa, provocando cólicas intesas, mas toleráveis pela maioria das mulheres. A retirada não dói e é feita normalmente no consultório.
Para quem amamenta, o DIU com progesterona só deve ser inserido seis semanas após o parto. Já o DIU sem hormônio pode ser inserido antes disso. O DIU é mais recomendado para mulheres que já têm filhos devido a possíveis riscos de infecção no útero e complicações de saúde.
Implante
O implante é um pequeno bastão flexível, mais ou menos do tamanho de um palito de fósforo, que é introduzido debaixo da pele do braço, e que vai liberando pequenas doses de um hormônio sintético semelhante à progesterona. Ele é colocado no consultório do ginecologista, com uma pequena dose de anestesia local (a retirada também é realizada com anestesia local).
Como não contém estrogênio, pode ser usado por mulheres que amamentam e pelas que não amamentam. A duração é de até três anos (Implanon). Deve ser colocado no mínimo quatro semanas depois do parto, quando a produção de leite estiver bem estabelecida.
Os efeitos colaterais são alterações na menstruação (que pode desaparecer ou se transformar em sangramentos frequentes e irregulares) e eventual diminuição na libido. Assim como na pílula de uso contínuo com base em progesterona, há mulheres que reclamam do ganho de peso. Por outro lado, ameniza cólicas e sintomas de tensão pré-menstrual (TPM).
Da mesma forma que o DIU, exige um investimento financeiro grande de uma vez só.
Não protege contra doenças sexualmente transmissíveis.
Métodos naturais de observação do corpo São técnicas que exigem que a mulher conheça bem o corpo e consiga detectar quando está ovulando. A desvantagem é que são muito incertas -- mesmo com uma eficácia de até 98 por cento quando executadas direitinho, os 2 por cento são um risco considerável de gravidez num momento em que a família está completamente voltada para o bebê que acabou de chegar. Também não protegem contra doenças sexualmente transmissíveis.
• Método da amenorreia lactacional: Quando a mulher amamenta o bebê em tempo integral, sem dar mais nada a ele (chá, fórmula em pó, água), e não menstrua, nos primeiros seis meses a chance de ela não engravidar é de 98 por cento. Mas os 2 por cento são uma possibilidade nada desprezível de ter uma surpresa.
• Método de detecção da fertilidade: Consiste em acompanhar o ciclo menstrual observando a temperatura do corpo, medida todos os dias antes de levantar da cama, e as mudanças no muco cervical. A elevação da temperatura do corpo e a presença de secreção vaginal parecida com clara de ovo indicam fertilidade, ou seja, a mulher não deve manter relações sexuais nesse período para não engravidar.
No pós-parto, é um método difícil de seguir, pois a mulher não tem tempo de tirar a temperatura com calma antes de levantar correndo e ir buscar o bebê que está chorando. Além disso, a primeira ovulação pode chegar inesperadamente.
Atenção: O coito interrompido (quando o homem retira o pênis antes de ejacular), o chamado "gozar fora", não é considerado um método eficaz para evitar a gravidez, porque é grande a chance de ele não conseguir tirar o pênis a tempo, e o líquido que sai antes do orgasmo em si também pode conter espermatozoides.
Métodos definitivos (esterilização) São intervenções que "fecham a fábrica" de vez -- a reversão é complicada e cara. Por isso é preciso pensar muito bem antes de tomar uma decisão tão séria. Lembre-se de que a vida é cheia de imprevistos e reviravoltas, e uma certeza absoluta hoje pode não ser mais tão certa daqui a um tempo.
Esses métodos não têm efeitos colaterais e não interferem na amamentação, mas também não protegem contra doenças sexualmente transmissíveis.
Vasectomia: É um pequeno procedimento cirúrgico em que o médico corta dois "caninhos" que levam os espermatozoides dos testículos para o local onde o esperma fica armazenado, antes da ejaculação. O homem continua tendo ereções e ejaculando normalmente, mas o líquido deixa de conter espermatozoides.
É sempre bom fazer um espermograma pós-operatório para garantir o sucesso da cirurgia antes de o casal suspender o uso de outros métodos.
O SUS realiza, em tese, a vasectomia gratuitamente, mas é preciso preencher alguns critérios. Só podem fazer a cirurgia grátis pelo governo homens maiores de 25 anos ou, pelo menos, com dois filhos vivos, e é preciso esperar pelo menos dois meses entre a manifestação da vontade de fazer a cirurgia e a vasectomia em si. Além disso, é provável que haja fila ou outras dificuldades. Informe-se na unidade básica de saúde.
Laqueadura: Cirurgia em que as tubas uterinas da mulher são interrompidas para evitar a passagem do óvulo. Pode ser feita por um pequeno corte, ou então após a cesariana. Para evitar abusos, o Ministério da Saúde determina que a ligadura das trompas não seja realizada durante o parto, a não ser em caso de necessidade comprovada.
É preciso conversar com o médico, porque muitas vezes a regra não é seguida, e os ginecologistas preferem fazer a laqueadura junto com a cesárea.
Também em tese, o SUS faz a laqueadura gratuitamente, desde que a mulher obedeça aos critérios: ter mais de 25 anos e dois filhos vivos. É o que diz a Lei Nacional de Planejamento Familiar. Informe-se num posto de saúde para correr atrás do direito. É preciso esperar pelo menos 60 dias entre a decisão de fazer a cirurgia e a laqueadura propriamente dita.
Pílula do dia seguinte A contracepção de emergência serve para isso mesmo: um caso de emergência. Você não pode se fiar só na pílula do dia seguinte -- escolha um dos métodos acima. A pílula do dia seguinte é para ser usada quando as coisas deram errado (a camisinha furou, por exemplo) e não tem mais jeito.
É possível achar a pílula do dia seguinte em farmácias e nos postos de saúde. Ela tem de ser tomada o mais rápido possível depois da relação sexual, de preferência em até 24 horas, e no máximo até três dias, sendo que a eficácia vai diminuindo conforme o tempo passa.
Quem amamenta só pode tomar pílula do dia seguinte que contenha apenas levonorgestrel, a progesterona sintética, e não etinilestradiol, que é o estrogênio. Existem os dois tipos. Contraceptivos com estrogênio são contraindicados para lactantes.
Caso a gravidez já tenha acontecido, a pílula do dia seguinte não vai interrompê-la, nem prejudicar o bebê, segundo as pesquisas feitas até agora.
Há vários efeitos colaterais: enjoo forte, dor nos seios, alterações na menstruação. Por isso ela só pode ser tomada quando não há outro jeito. A eficiência da pílula do dia seguinte é bem menor que a dos métodos contraceptivos descritos acima (ou seja, ela falha mais).

QUANTO TEMPO DEPOIS DO PARTO A MULHER PODE FAZER GINÁSTICA?

Antes de mais nada é importante ressaltar que puérperas (o nome técnico para mulheres que deram à luz) que exageram na quantidade de atividade física, fazendo mais de uma hora de exercício aeróbico por dia, têm grande chance de diminuir a produção de leite e prejudicar a amamentação.
Após o parto normal, que tem recuperação rápida, pode-se voltar a atividades físicas em 15 dias, mas sempre converse com o seu médico antes, porque cada caso é um caso. Costuma-se liberar caminhada, corrida, musculação leve, abdominal, alogamento, ioga e Pilates, se não houver complicações do parto.
Já depois da cesariana, que tem recuperação mais lenta, um mês depois da cirurgia pode-se voltar a fazer atividades físicas leves e que não forcem muito a musculatura abdominal: caminhadas leves a moderadas, alogamento de braços e pernas.
Entre 40 e 60 dias do parto cesáreo, dependendo da recuperação de cada paciente, pode-se voltar às demais atividades como corrida, musculação, Pilates, ioga, ginástica localizada.
Tanto no parto normal como na cesárea não se deve iniciar esportes na água (natação, hidroginástica) antes da liberação do obstetra, que será ao redor de 30 a 45 dias do parto, quando o colo uterino já estará bem fechado, evitando o risco de infecções.
Para ambos os tipos de parto, após o período de repouso recomendado, é interessante conseguir combinar atividades aeróbicas com atividades que alonguem e tonifiquem a musculatura abdominal, pois quanto mais cedo se começa a trabalhar a região abdominal maior a chance de que a barriguinha volte para o lugar.
Veja um exemplo de combinação: 45 minutos de caminhada ao ar livre ou na esteira três vezes por semana e mais 45 minutos de Pilates duas vezes por semana.
Uma solução caseira para as atividades físicas é aproveitar para passear com o bebê no carrinho quando o pediatra tiver liberado, diariamente, e em casa aproveitar a sonequinha do bebê para fazer sequências de abdominais.
Para os abdominais -- sempre depois da liberação do obstetra --, faça a seguinte sequência:
• Abdominais: comece com 10 e vá aumentando progressivamente até chegar a entre 50 e 100 repetições.
• Pontes (elevação de quadril): faça de 10 a 30 repetições.
• Alongamento:
- Sentada com as pernas esticadas à sua frente, tente tocar as pontas dos dedos da mão nos pés, bem devagar: 10 repetições.
- Sentada com as pernas afastadas, tente encostar a mão esquerda no pé direito: 10 repetições
- Sentada com as pernas afastadas, tente encostar agora a mão direita no pé esquerdo: 10 repetições.

A BARRIGA DA MULHER DEPOIS DO BEBÊ

Por que minha barriga ainda parece de grávida? É provável que você esteja surpresa com a aparência da sua barriga, depois do nascimento do bebê. Ele não está mais lá, mas mesmo assim, em volta do umbigo, a barriga está estufada, e você parece estar grávida de 6 meses! As pessoas até perguntam na rua para quando é o bebê, e você tem de dizer, superconstrangida, que já nasceu...
Muitas mulheres ficam com uma linha escura atravessando a barriga na vertical, a chamada linea nigra, e com um monte de estrias espalhadas pela pele. Quem fez cesariana fica ainda com a cicatriz da operação, normalmente na "linha do biquíni".
O formato da barriga pode mudar um pouco também no caso de cesariana, já que os músculos são cortados e recosturados.
Respire fundo. Demora um pouco para o corpo -- principalmente a barriga -- se recuperar totalmente da gravidez. Imagine que sua barriga era um balão, que foi enchendo conforme o bebê crescia. Quando ele nasceu, o balão não estourou de uma vez -- o "ar" vai saindo de mansinho.
Assim que o bebê nasce, hormônios começam a atuar sobre o útero para que ele volte ao tamanho que era antes. Isso demora mais ou menos um mês para acontecer. Além disso, todas as células do corpo que tinham inchado devido à gestação começam a liberar líquido, que vai saindo em forma de urina, suor e secreções vaginais.
A gordura extra que você acumulou na gravidez, para nutrir o bebê, vai começar a ser gasta (em especial se você estiver amamentando ou fazendo exercícios físicos, após a liberação do médico). De qualquer jeito, você vai precisar de no mínimo algumas semanas para ver algum resultado.
As estrias e a linha escura na barriga infelizmente duram mais. Pelo menos as estrias vão clareando, e entre 6 meses e 1 ano depois do parto assumem aquela cor mais clara que o tom da pele, ficando menos visíveis. A linea nigra vai clareando aos poucos ao longo de 1 ano, mas pode não desaparecer por completo.
Quanto vai demorar para minha barriga voltar ao tamanho normal? Todas nós já vimos com nossos próprios olhos aquelas mulheres maravilhosas que aparecem magérrimas, de calça jeans e miniblusa, um mês depois do parto. Sim, isso pode acontecer, mas é raro. Para a maioria das mulheres, leva meses para se livrar da incômoda barriguinha de grávida -- e às vezes ela simplesmente não vai embora.
Em primeiro lugar, tenha paciência. Se levou 9 meses para a barriga esticar, é justo que leve outros 9 meses ou um pouco mais para ela voltar ao tamanho normal.
A rapidez da transição para mais perto do "normal" depende de como era seu corpo antes de engravidar, de quantos quilos você engordou na gravidez, do nível de atividade física e de algo que você não tem como mudar: seus genes.
Mulheres que engordaram menos de 14 kg na gravidez, que fizeram exercícios físicos durante a gestação, que amamentam e que estão no primeiro filho tendem a emagrecer mais rápido.
Se você não estiver amamentando, vai precisar prestar atenção na alimentação, pois agora que não está mais grávida não precisa de tantas calorias.
O que posso fazer para minha barriga ficar mais bonita? A amamentação ajuda bastante, principalmente nos primeiros meses. Mulheres que amamentam queimam mais calorias para produzir o leite, portanto costumam emagrecer mais rápido que as que não amamentam.
Dar de mamar no peito também estimula a produção de hormônios que fazem o útero contrair e voltar ao tamanho normal. Mas muitas mães que amamentam reclamam dizendo que têm dificuldade de perder os últimos 2 a 5 quilos. Há quem afirme que o organismo guarda uma reserva de gordura para produzir o leite, mas não há provas definitivas disso.
Exercícios também são eficazes. Mas converse com o médico. Dependendo do seu tipo de parto, você pode ter de esperar algumas semanas. Dá para começar aos poucos, com caminhadas, por exemplo. Depois da consulta de 6 semanas após o parto, se o obstetra liberar, você pode começar a fazer exercícios mais vigorosos, como pilates, por exemplo, que ajuda a tonificar o abdome.
Boa postura é outro fator que influencia.
"Muitas mulheres ficam com uma postura relaxada após o fim da gestação, o que é natural, uma vez que passaram nove meses sem encolher a barriga. Obrigar-se a encolher a barriga após o parto faz muita diferença na recuperação da musculatura abdominal", diz a obtesta Eleonora F. Stocchero Fonseca.
Cuidado para não fazer regime enquanto estiver amamentando. O aleitamento é seu maior aliado na perda de peso. E você vai precisar de bastante energia para lidar com um bebê pequenininho que ainda não dorme a noite toda.
Adianta usar cinta pós-parto ou modeladores? O assunto é polêmico. As cintas pós-parto eram praticamente obrigatórias em caso de cesárea há alguns anos, mas agora os especialistas divergem.
Por um lado, elas melhoram o aspecto externo da silhueta e dão mais segurança à mulher logo depois da cesariana, porque ela pode ter aflição dos pontos e da sensação de que os órgãos estão meio soltos dentro da barriga (pois estão um pouco mesmo).
Por outro, há especialistas que acreditam que o uso constante da cinta impeça os músculos de se movimentarem e atrapalhem o fluxo sanguíneo, o que, em vez de ajudar, pioraria a recuperação dos tecidos. Além disso, em caso de parto normal, recomendam que só se use a cinta depois do primeiro mês, quando o útero já estiver no lugar, para não correr o risco de ele pressionar a musculatura pélvica, o que poderia levar a problemas como o de "bexiga caída".
Portanto converse com o médico para saber qual é a orientação dele quanto ao uso de cinta ou faixa pós-parto. Se você já tiver dado à luz há mais de dois meses, pode experimentar cintas e modeladores, mas saiba que não há garantia de resultado.
E certifique-se de que eles estão confortáveis, pois nunca devem ser apertados.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

SAIBA POR QUE OS BEBÊS CHORAM TANTO E O QUE FAZER

Isaac aliviando suas cólicas no colo do papai
Todo bebê chora. Eles não têm outra saída. Até bebês completamente saudáveis são capazes de chorar entre uma e três horas por dia no total, sem que haja nada de anormal. Como não podem fazer nada sozinhos, os bebês precisam dos outros para conseguir a comida, o calor e o conforto de que precisam.
Chorar é o único jeito que o bebê tem de comunicar essas necessidades. No começo, pode ser desesperador tentar descobrir exatamente qual necessidade é essa: ele está com fome? Com frio? Com sede? Com tédio? Quer colo? Com o tempo, porém, você e seu companheiro vão começar a distinguir um pouco melhor cada choro do bebê, e farão o que ele quer mais rápido -- o que deve representar menos choradeira.
À medida que vão crescendo, os bebês aprendem outros meios de se comunicar conosco. Aperfeiçoam o contato visual, fazem barulhinhos e até sorriem. Tudo isso reduz a necessidade de choro. Os motivos mais comuns para o chororô dos bebês estão na lista abaixo. Se seu bebê não pára de chorar, experimente ir seguindo a lista item a item. Mesmo que nada dê certo, você vai ficar mais tranquila de saber que fez tudo o que podia para consolar seu filho.
Preciso comer
A fome é o motivo mais comum para um recém-nascido chorar. Quanto mais novo for o bebê, maior é a probabilidade de ele estar chorando de fome. Isso só não acontece no primeiro ou no segundo dia depois do nascimento, pois nessa fase há crianças que quase não se alimentam. Se você está
amamentando, percebe isso fácil, pois o colostro, aquele riquíssimo primeiro leite, é produzido em quantidades pequenas. O leite mesmo só "desce" por volta do terceiro dia. O recém-nascido tem o estômago pequeno, que não aguenta uma quantidade muito grande de leite.
Assim, se o bebê chorar, tente oferecer leite. Pode ser que ele não pare de chorar na hora, mas deixe-o mamar. Conforme o estômago dele for se enchendo, ele deve se acalmar. Caso o bebê já esteja de barriga cheia e continue chorando, talvez esteja querendo dizer a próxima coisa da lista.
Preciso ficar mais confortável
Com toda razão, os bebês reclamam se a roupa está apertada demais ou se estão com a fralda suja de cocô. Há bebês que não estão nem aí se a fralda está com cocô -- é um quentinho gostoso --, e há outros que querem ser trocados na hora, principalmente se estiverem com a pele irritada. Verifique a fralda do seu filho e troque-a, se necessário. Talvez isso resolva o choro, portanto sempre vale a pena tentar.
Aproveite para olhar se não tem nenhuma roupa apertando demais ou alguma outra coisa incomodando, como um fio de cabelo seu enrolado nos dedinhos dele.
Preciso ficar na temperatura ideal -- nem quente demais nem frio demais
Certos recém-nascidos detestam ficar pelados para a troca ou para o banho. Não estão acostumados a sentir o contato do ar com a pele e preferem ficar de roupa. Se seu bebê for um desses, você logo vai aprender a trocar a fralda em velocidade recorde, para acabar com as reclamações.
Tome cuidado para não exagerar nas roupas, senão a criança vai ficar com calor. Uma regra simples é deixar o bebê com um pouco mais de roupa que a sua: se você está de short e camiseta, pode colocar um macacãozinho comprido de algodão sem nada por baixo. Se você está de calça comprida e blusa de manga comprida, ponha nele um macacão com body e "mijão" por baixo.
Um bom jeito de verificar a temperatura do bebê é sentir a barriga dele. Se ela estiver quente e suando, tire um pouco de roupa. Se ela estiver fria, agasalhe-o mais. Não vá pelas mãos e pelos pés, porque eles tendem a ficar mais frios que o resto do corpo.
Cuidado para não exagerar nos cobertores na hora de dormir. O melhor é colocar uma mantinha embaixo das axilas do bebê, para não correr o risco de ele se enrolar nas cobertas.
Preciso de colo
Há bebês que precisam de mais colo para se sentir seguros. Crianças um pouco mais velhas já se acalmam só de ver você no quarto ou ouvir sua voz, mas os pequenininhos precisam do contato físico. Se seu filho está alimentado, de fralda trocada, e continua chorando, pode ser que só esteja querendo colo mesmo.
Muita gente tem medo de "estragar" o bebê se der colo demais, mas nos primeiros meses de vida isso não acontece. As crianças são diferentes entre si: algumas não precisam de tanto contato físico, e outras querem ficar no colo quase o tempo todo. Se seu filho for da turma do colinho, você pode usar outras estratégias, como o canguru ou o sling (uma espécie de rede), que mantêm o bebê perto de você mas liberam suas mãos para fazer outras coisas.
Preciso descansar
Seria ótimo se os bebês simplesmente fechassem os olhos e dormissem sempre que estivessem cansados, mas muitas vezes eles não conseguem fazer isso. Pode ser por agitação -- um dia cheio de visitas e atividades pode deixar o recém-nascido muito excitado, e ele tem dificuldade para "desligar". O excesso de estímulo -- luzes, barulho, passar de colo em colo -- pode deixar o recém-nascido inquieto, e é isso o que muitos pais percebem.
O bebê fica difícil no fim do dia, ou quando a casa está cheia. Talvez o bebê esteja só dizendo: "Chega". Experimente levá-lo para um lugar calmo, reduzindo o nível de estímulo. Pode ser que ele ainda chore mais um pouco, mas que depois finalmente se tranquilize e durma.
Preciso me sentir melhor
Se você já deu de mamar, já verificou se ele está confortável, e mesmo assim seu filho continua chorando, é inevitável começar a pensar que talvez ele esteja com alguma dor. Para pais de primeira viagem é especialmente difícil saber se a criança fica insatisfeita com frequência só por temperamento (o que acontece com algumas delas, já que leva mais tempo para elas se adaptarem à vida fora do útero) ou se há algo de errado.
Quando o bebê está com alguma dor, ele chora num tom diferente do choro normal -- pode ser um choro mais desesperado, ou mais gritado. Por outro lado, para um bebê que chora bastante por natureza, o silêncio é que pode ser o sinal de que há algo errado.
O mais importante é lembrar que você conhece o seu filho melhor que qualquer outra pessoa. Se você sentir que há alguma coisa errada, dê uma ligada para o médico. Profissionais de saúde podem tranquilizar você sobre o choro, para que você tenha certeza de que a causa não é física.
Sempre procure o médico se o bebê tiver dificuldade para respirar enquanto chora, ou se o choro for acompanhado de
vômitos, diarréia ou prisão de ventre muito prolongada. Para mais orientações, consulte nosso texto sobre quando procurar o médico.
Preciso de alguma coisa... mas não sei o quê
Haverá ocasiões em que você não vai conseguir descobrir o que está fazendo o bebê chorar. Muitos recém-nascidos passam por períodos de inquietação, e são difíceis de acalmar. A choradeira pode durar alguns minutos ou então horas a fio. O quadro de choro constante e inconsolável às vezes recebe o nome de cólica.
Oficialmente, a
cólica é definida pelo choro inconsolável por pelo menos três horas ao dia, e que aconteça pelo menos três vezes por semana. É muito difícil lidar com um bebê com cólica. A família inteira sofre e fica estressada. Se você conseguir, tente se concentrar no fato de que isso vai passar.
A maioria dos bebês supera a cólica por volta dos 3 meses.
O bebê não pára de chorar. O que fazer? Você pode tentar algumas técnicas para consolar seu filho. Nem todas funcionam com todos os bebês, por isso, conforme você for se familiarizando com seu filho, vai perceber qual combina mais com a personalidade dele.
Segure o bebê bem perto de você, no colo, e tente enrolá-lo numa manta
Os recém-nascidos gostam de se sentir apertadinhos, como estavam dentro do útero, o que lhes dá segurança. Você pode experimentar enrolar o bebê numa manta leve e ver se ele gosta, sem apertar muito. O contato físico, no colo, principalmente se o bebê conseguir ouvir seu coração, costuma ajudar e você provavelmente fará isso por instinto.
Há crianças, porém, que não gostam de ficar enroladas na manta, e que preferem outras formas de reconforto, como o balanço ou a música.
Ache um ritmo constante
Dentro do útero, o bebê ouvia os batimentos do coração da mãe. Depois que nascem, continuam gostando de ficar no colo, perto do som conhecido. Mas dá para tentar encontrar outros sons repetitivos e regulares como as batidas do coração, que tenham um efeito calmante. Às vezes, um ambiente mais barulhento, como o meio de uma conversa animada, acalma o bebê, por incrível que pareça.
Nine o bebê
A maioria dos bebês adora ser ninado, com um leve balanço, e o seu tem grandes chances de gostar também. Pode ser caminhando com ele no colo ou sentada na cadeira de balanço. O carro também costuma ter um efeito relaxante. Grande parte dos bebês dorme com o balanço do carro.
Mas guarde essa alternativa para último recurso -- não vai ser muito agradável ter de sair de carro todas as noites. Evite condicionar o sono ao ato de ninar.
Tente fazer uma massagem
Fazer uma massagem suave ou acariciar as costas ou a barriga do bebê pode ajudar a acalmá-lo. Se seu filho parece estar sofrendo de gases, tente colocá-lo para mamar numa posição mais ereta, e não deixe de fazê-lo arrotar depois. Você pode também fazer o movimento de "bicicleta" nas perninhas do bebê, para ajudá-lo a soltar os gases que o incomodam.
Deixe-o chupar alguma coisa
Certos recém-nascidos têm uma necessidade muito grande de sugar alguma coisa, e chupar uma chupeta ou o dedo pode ser bem reconfortante. Esse tipo de sucção torna os batimentos cardíacos do bebê mais regulares, relaxa o sistema digestivo dele e o ajuda a se acalmar.
Não exija muito de si mesma
Um bebê que passa o tempo todo chorando não está se prejudicando, mas com certeza está descabelando a família inteira (e os vizinhos também). Se seu filho continua infeliz, mesmo com todos os esforços para acalmá-lo, talvez você acabe se sentindo rejeitada.
Quando esse tipo de situação acontece, os pais costumam se culpar, atribuindo o choro incessante a sua incompetência como pais, mas quase nunca essa é a causa. Se você sabe que seu bebê está alimentado e confortável e que ele não está doente, e se já tentou de tudo, mas nada adiantou, é melhor dar um tempo e pensar um pouco em você -- senão fica difícil de aguentar. Veja algumas sugestões:
• Respire fundo.
• Se ajudar, use um fone de ouvido e ouça um pouco de música.
• Peça ajuda para uma amiga ou um parente. Deixe seu companheiro ou a avó assumirem os cuidados com o bebê, para você descansar um pouco a cabeça, nem que seja só enquanto toma um bom banho, com o rádio ligado para não ouvir o choro.
• Tenha sempre em mente que não há nada de errado com o bebê, e que o choro não vai prejudicá-lo. Pode ser que você fique bem mais tranquila se aceitar que seu filho chora bastante e ponto. É o temperamento dele. Pelo menos assim não precisará ficar maluca procurando os motivos do choro, nem se culpar, nem tentar mil e uma estratégias que nunca funcionam.
• Lembre: é só uma fase, e vai passar.
Já é difícil ter um recém-nascido em casa. Ter em casa um recém-nascido que não pára de chorar é mais difícil ainda. Aceite a ajuda das pessoas, em vez de deixar a situação ir piorando. E console-se com o fato de que a cada dia que passa seu bebê cresce, e aprende novas formas de se comunicar com você. Aos poucos, o chororô vai passar e você nem vai se lembrar.

SERÁ NORMAL O BEBÊ CHORAR O TEMPO TODO?

As pesquisas indicam que o choro costuma seguir a curva de desenvolvimento das crianças nos primeiros meses de vida. Ele geralmente aumenta por volta de 2 a 3 semanas de idade, tem seu auge entre 6 e 8 semanas e depois melhora, alcançando a fase mais tranquila com uns 4 meses.
A experiência mostra ainda que os bebês choram mais no fim da tarde e comecinho da noite, quando precisam botar para fora a "tensão" das intensas experiências e aprendizados do dia.
O choro que não pára normalmente é sinal de algum desconforto, como fome, sede, frio, calor ou cansaço. Pode ser também simplesmente vontade de um colo, carinho ou aconchego da mãe.
"Nestas horas, os pais precisam ter paciência para investigar cada uma das causas sem entrar em pânico", observa o pediatra Fábio R. Picchi Martins, que integra a equipe dos Hospitais Santa Catarina e Sírio Libanês, em São Paulo. O médico aponta um fato interessante: quanto maior a ansiedade dos pais com os cuidados com o bebê, maior é a irritabilidade ou a frequência de choro.
O que não quer dizer que alguns bebês não chorem por horas a fio apesar da presença e da tranquilidade de quem cuida. Nesses casos, geralmente o vilão é a
cólica
, uma condição ainda misteriosa para a ciência e, infelizmente, sem solução definitiva.
Em situações muito agudas de cólica, pediatras podem prescrever medicação para aliviar o incômodo do bebê. Se você acredita que esse possa ser o caso do seu filho, converse com o médico antes de dar qualquer coisa por conta própria.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

COMER CHOCOLATE DÁ CÓLICA NO BEBÊ?

Em princípio a mulher que amamenta pode comer chocolate. "Segundo o Ministério da Saúde, quantidades superiores a 400 gramas por dia podem causar irritabilidade ou aumento da peristalse do intestino do bebê" (ou seja, cólica e dor de barriga), diz Franz Novak, chefe do laboratório de controle de qualidade de leite humano do Instituto Fernandes Figueira, da Fiocruz,
Como 400 gramas por dia é bastante chocolate (duas barras das grandes, ou 30 bombons Alpino), vai ser difícil você chegar perto desse limite.
Mas cada criança é uma criança e existe a chance de o bebê apresentar alguma sensibilidade aos componentes do chocolate, principalmente se você estiver há bastante tempo sem comer chocolate e resolver tirar o atraso de uma vez só.
"Se o chocolate já fizer parte da dieta da mãe, ela pode comer chocolate no período da amamentação, porque o bebê já conhece esse sabor", afirma a pediatra Isa Yoshikawa, do Banco de Leite Humano da Fiocruz.
Resumo da ópera: se você está amamentando, coma chocolate como sempre comeu, sempre de olho em possíveis reações no bebê, como cólica e alergia. Agora, se você amamenta e até agora tinha aberto mão do chocolate, com medo de dar dor de barriga no nenê, vá voltando à guloseima bem aos pouquinhos, observando como a criança reage. Melhor não "chutar o balde" na Páscoa!
Outro motivo para não abusar é a velha culpa de mãe: você perde o controle, come um monte de chocolate e depois o bebê chora sem parar. Pode até ter sido coincidência, mas você vai se sentir péssima, achando que é culpa sua.
O especialista Franz Novak dá uma dica para não abusar: nunca, jamais coma chocolate de estômago vazio. "Você pode ter uma hipoglicemia de rebote e comer o segundo, o terceiro, o quarto, o quinto, e quando perceber terá devorado a caixa inteira." Prefira comer depois das refeições. O chocolate meio-amargo é considerado o mais saudável, por ter menos açúcar.
E mande a culpa embora porque, no final das contas, chocolate faz bem. Tem a chamada "gordura do bem", que protege as artérias, além de vitaminas A, B, C, D e minerais como potássio, ferro e flúor etc., sem contar as substâncias que causam sensação de bem-estar e felicidade. Se seu filho não reclamar, você pode comer um pouco sem traumas.

ARROTOS E GASES NO BEBÊ

Porque os bebês têm que arrotar?
Os bebês engolem ar junto com o leite quando mamam, e o ar também entra no sistema digestivo dele quando eles choram ou até durante a respiração. Os gases podem fazer com que o bebê se sinta satisfeito antes de tomar a quantidade necessária de leite, e provocam desconforto e dor. Como posso saber se meu filho precisa arrotar? Há bebês que sempre arrotam depois de mamar, sem falha. Outros quase nunca arrotam. Durante a mamada, o bebê pode parar de tomar o leite e chorar, ou se recusar a pegar o segundo seio. As caretas são facilmente reconhecíveis, principalmente quando se coloca o bebê deitado logo depois de mamar. Bebês que mamam na mamadeira têm mais gases? Sim, normalmente os bebês que usam mamadeira em vez de mamar no peito sofrem com mais gases. Crianças amamentadas conseguem controlar melhor a saída de leite e determinam um ritmo mais lento à mamada, engolindo menos ar. Também tendem a mamar numa posição mais ereta, com mais frequência e em quantidades menores, o que ajuda a reduzir os gases. Mas é sempre bom colocar o bebê para arrotar, seja depois do peito ou da mamadeira. Meu filho usa mamadeira. O que posso fazer para ele ter menos gases? Dê a mamadeira na posição mais ereta possível, mantendo a cabeça da criança bem mais elevada que o resto do corpo, e incline bem a mamadeira, para que o bico fique sempre completamente cheio de leite.
Não use bicos com furos muito largos, nem alargue por conta própria o buraquinho para o leite sair mais rápido, por mais que parentes mais velhas a aconselhem a fazer isso. Você pode experimentar tipos diferentes de bico para ver se algum faz com que a criança tenha menos gases (já existem bicos especiais para reduzir ao mínimo a deglutição de ar).
Coloque sempre o bebê para arrotar numa posição vertical depois da mamada, por cerca de cinco minutos.
Preciso colocar o bebê para arrotar no meio da mamada? Se o bebê está mamando feliz da vida, não interrompa para colocá-lo para arrotar. Isso só vai fazer com que ele chore, e aí é que ele vai engolir ar.
Aproveite paradas naturais para pôr a criança para arrotar (quando for passar de uma mama para outra, ou quando o bebê soltar o bico da mamadeira). Coloque-o para arrotar de novo depois que terminar. Dê leves tapinhas nas costas do bebê para que o ar saia mais fácil.
Lembre-se: com o arroto pode vir um pouco de leite também, portanto tenha sempre um paninho ou fralda de pano no ombro para proteger sua roupa.
São três as posições mais usadas para colocar a criança para arrotar. Vá experimentando, porque cada criança reage de um jeito.
No ombro: coloque o bebê no seu ombro, apoiando o bumbum com seu braço, no mesmo lado. Com a outra mão, dê tapinhas nas costas dele ou faça uma leve massagem.
Sentado: Sente o bebê no seu colo e incline o tronco dele para a frente, apoiando-o pelo ombro e no queixo. Dê tapinhas nas costas ou faça uma leve massagem.
No colo, de frente para você: coloque o bebê no seu colo, de frente para você, mas sem erguê-lo até o ombro. Dê tapinhas ou faça massagem nas costas dele.
Meu filho não arrota. O que faço? Se você colocou o bebê para arrotar por cinco minutos e nada aconteceu, provavelmente ele não precisa arrotar. Há crianças, no entanto, que parecem ter dificuldade para expelir o ar, e ficam claramente desconfortáveis, e nesse caso é preciso insistir.
Talvez o sistema digestivo ainda imaturo do bebê esteja levando o ar muito longe, o que impede sua saída. Experimente várias posições até conseguir um belo e sonoro arroto.
Certos bebês só conseguem se livrar do ar no estômago quando soluçam.
Posso usar remédio contra os gases? Caso seu filho esteja sofrendo muito com os gases, o pediatra pode receitar algum remédio que contenha dimeticona, uma substância que faz com que o ar seja expelido em grandes bolhas, em vez de ficar espalhado em bolhinhas pelo sistema digestivo.
É bom já perguntar na primeira consulta do bebê se o médico libera esse tipo de medicamento.