quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

CUIDADOS PARA AMAMENTAR COM SUCESSO - PARTE I

O leite materno é uma maneira natural de alimentar uma criança.
No entanto, o ato de amamentar não é instintivo e deve ser aprendido, assim como ocorre com a aquisição de qualquer nova habilidade, como ler, escrever ou pintar.
Benefícios do aleitamento materno: O leite materno é um alimento especialmente produzido pela natureza para atender às necessidades de crescimento, de desenvolvimento e de energia da criança até os 6 meses de idade. É o único momento da vida humana em que somente um alimento é capaz de suprir todas as necessidades nutricionais do organismo. Outro fato extraordinário são as alterações de composição pelas quais passa o leite materno, durante o período de amamentação, para melhor se ajustar às necessidades do bebê.
O colostro, um leite especial secretado pela mama nos primeiros dias após o parto, rico em proteínas, vitamina A e anticorpos que ajudam a proteger o lactente contra infecções. O colostro funciona como imunização para a criança e ajuda na sua primeira evacuação.
O leite materno é um importante provedor de anticorpos que previnem doenças comuns na infância. Ele contém nutrientes facilmente digeríveis pelo bebê e é seguro, pois a amamentação é um processo higiênico com baixo risco de contaminação. Bebês podem reagir a algum alimento ou medicamento que a mãe tenha consumido, mas nunca são alérgicos ao leite de sua própria mãe. A amamentação obriga o lactente a um esforço de sucção maior do que no aleitamento artificial, fortalecendo e desenvolvendo o maxilar, facilitando o processo da fala. O leite materno contém pelo menos duas centenas de compostos que as formulas infantis não tem.
Preocupações importantes para mães que amamaentam:• Evitar grandes quantidades de alimentos ricos em cafeína (café, chá preto, chocolate, medicamentos contendo cafeína, refrigerante e bebidas à base de cola), pois parte dessa substancia é excretada pelo leite. Existem casos, quando há excesso de consumo, em que a criança fica irritada e com o sono alterado.
• Observar para que a alimentação não se altere muito de um dia para outro, por exemplo, consumir uma massa alho e óleo no mesmo dia que comeu bife temperado com bastante alho e cebola, pois pode causar cólica no bebê.
• Observar se o bebê se contorce ao mamar, pois é indicativo de cólica e precisa ser avaliado pelo pediatra ou nutricionista para ver a possibilidade de alergia a algum componente da alimentação da mãe.
• Não fumar, pois a nicotina inibe a ação da prolactina e ocitocina, dois hormônios responsáveis pela produção e liberação do leite. Alem disso, as substancias contidas no cigarro passam para o leite e podem ser prejudiciais à saúde e ao desenvolvimento da criança. As mulheres que amamentam, e não conseguem para de fumar, devem reduzir ao mínimo o numero de cigarros e fumar após as mamadas, para que haja um intervalo entre o fumo e a mamada.
• Evitar bebidas alcoólicas, ou se fizer, beber com moderação.
• Não tomar medicamento sem orientação medica, pois algumas drogas podem fazer mal à criança e passam através do leite materno.
• O consumo de ácidos graxos do tipo ômega 3 são essenciais à boa formação do bebê, pois é um constituinte das membranas celulares. Através da alimentação da mãe é que haverá maior ou menor teor de ômega 3, para isso consumir: semente de linhaça moída – 1 a 2 colheres de sopa ao dia, peixes de água fria (salmão, bacalhau, arenque), nozes pois são fonte deste ácido graxo.
Como ocorre a Colonização Intestinal : Antes do nascimento o intestino do recém-nascido é estéril, banhado apenas pelo líquido amniótico. A colonização bacteriana intestinal inicia ao nascimento, quando o RN é exposto às diferentes espécies de microorganismos, incluem o canal vaginal, a região perineal da mãe e o contato com outras bactérias do meio ambiente. O leite materno cria um ambiente favorável para o crescimento das espécies de típicas dos lactentes e raramente são encontradas em adultos.
Fatores como a dieta da mãe ou o consumo de probióticos ainda na gestação, tipo de nascimento (parto vaginal ou cesáreo), prematuridade, alimentação (leite humano ou artificial) influenciam o processo de colonização e o tipo de organismos que se estabelece e fatores intrínsecos como saúde do RN, estado imunológico e tempo de trânsito intestinal.
Uma boa condição intestinal da mãe é fundamental para a qualidade da amamentação e o uso de bactérias probióticas pode ser indicado para prevenção de alergias alimentares do bebê e equilíbrio da flora intestinal da mãe.
                               continua...

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